O convite da cúpula tucana ao governador Moisés da Silva para um almoço, ontem, deixou muito claro que os emplumados não definiram absolutamente nada em relação ao seu futuro eleitoral.
Vozes que indicavam que o partido estava praticamente fechado com o senador Esperidião Amin (PP) agora percebem que o jogo está aberto.
O tucanato avalia, seriamente, trocar uma vaga na majoritária (vice de Esperidião) por uma suplência ao Senado na chapa do governador. O candidato será Celso Maldaner, do MDB.
O encontro envolvendo a alta plumagem Barriga-Verde e o chefe do Executivo candidato à reeleição é um gigantesco ponto de interrogação para o senador do PP, também candidato e ex-governador de dois mandatos.
Digitais parlamentares
Por trás de toda essa movimentação no ninho identificam-se as digitais dos dois deputados estaduais do PSDB-SC, Vicente Caropreso e Marcos Vieira.
Martelo batido
Leonel Pavan, ex-governador e ex-senador, já deu declarações no sentido de que a decisão tucana está tomada.
Ladeira abaixo
O PSDB, convém salientar, é um partido esfacelado, que ruma para a extinção. Não terá candidato a presidente e muito provavelmente nem a vice.
Assédio
Por falar em Antídio Lunelli, o emedebista recebeu inúmeros telefonemas de lideranças políticas que estão no centro do jogo eleitoral depois do resultado da convenção do MDB.
Pelo PSD, tocaram o telefone para o empresário o deputado Julio Garcia e dois ex-governadores e senadores, Jorge Konder Bornhausen e Raimundo Colombo.
O senador do PL, Jorginho Mello, também se solidarizou com Lunelli de viva voz.
Ele também recebeu ligação de Esperidião Amin (PP) e Gean Loureiro (UB), além de Leonel Pavan e Paulo Bauer, do PSDB.
Musculatura
Todos os líderes estão de olho na força política do jaraguaense, que deu uma bela estadualizada no nome e conquistou mais de 40% dos votos dos convencionais. Vários interlocutores manifestaram intenção inclusive de marcar encontros com o emedebista.
Ignorado olimpicamente
Em compensação, Antídio Lunelli não recebeu uma ligação sequer da cúpula ou de mandatários do MDB. Emblemático.
Os dirigentes do partido, ao contrário, forçaram um encontro entre ele e Udo Döhler, que só serviu para piorar o quadro geral de constrangimento.
Gean avança
Com um MDB rachado após uma convenção traumática, a divisão do partido começa a ficar mais acentuada com os apoios de membros para pré-candidatos fora da coligação com o governador Moisés. É o caso dos quatro vereadores do MDB de Porto Belo que já declararam publicamente que estão com Gean Loureiro.
Em Jaraguá
Outro caso emblemático é o do ex-líder de governo de Antídio em Jaraguá do Sul, o vereador emedebista Luis Fernando Almeida, que declarou apoio a Gean em evento realizado em Mafra. Há mais conversas entre Loureiro e vereadores emedebistas nos próximos dias.
