O senador Paulo Bauer, acompanhado da cúpula do PSDB, concederá coletiva de imprensa na quinta-feira, 19. Será a partir das 15h30min, no antigo Hotel Floph, na Capital, quando ele será oficializado pré-candidato do partido ao governo do Estado.
No ano passado, cardeais do partido chegaram a dizer que o PSDB teria o nome ao governo em dezembro. Não ocorreu e as conversas continuaram este ano. Enfim, chegou-se à definição do nome natural dos tucanos até aqui.
Os emplumados resolveram apressar o passo porque os outros grandes partidos, todos, já têm nomes anunciados. MDB com Eduardo Moreira e Mauro Mariani, PSD com Gelson Merisio e o PP com Esperidião Amin. Já o PT tem como alternativas o deputado federal Décio Lima e o desembargador aposentado Lédio Rosa de Andrade.
Câmara Alta
Neste contexto, o ex-prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, concorrerá ao Senado. Ou em chapa própria ou em uma composição estadual que será influenciada pela questão nacional. Geraldo Alckmin, presidenciável e presidente nacional do PSDB, tem o poder de intervir nos diretórios estaduais que possam atrapalhar o projeto presidencial.
Calendário
Em tempo: Bauer, assim como todos os demais, é pré-candidato. A oficialização dos nomes que vale para a Justiça Eleitoral decorre do resultado das convenções homologatórias, que poderão ser realizadas de 20 de julho a 5 de agosto.
Tiro no peito
Aécio Neves é réu no STF. Por corrupção passiva e obstrução de Justiça. Ele deixa de ser uma figura nacional na política. Sai pela porta dos fundos. Vai ter que contar inclusive com a sorte para eleger-se deputado federal por Minas Gerais.
Respingos generalizados
Depois dos mais de 50 milhões de votos que conquistou em 2014, Aécio Neves também passou a ser o tucano mais influente do país. Quase que por osmose, sua queda brutal atinge todo o tucanato. Inclusive Geraldo Alckmin, o presidenciável do partido. O caso de Aécio nem é mais político. Agora é com a Justiça.
Sinal vermelho
O governador Eduardo Moreira chamou a imprensa ontem. Anunciou medidas duras de contenção de gastos. A preocupação é generalizada com as contas do governo estadual. Serão extintos mais de 200 cargos comissionados e de função gratificadas na máquina estadual. Moreira também congelou os salários do funcionalismo. Não haverá reposições salarias às categorias em 2018, sob pena de haver atraso na folha de pessoal.
Pente-fino
Pinho Moreira também anunciou que uma comissão especial vai analisar, com lupa, todos os contratos hoje vigentes com o governo de Santa Catarina. Os que estiverem fora da atual realidade financeira podem ser revistos, suspensos ou rompidos. Moreira, numa alusão direta ao antecessor, Raimundo Colombo, começou a coletiva afirmando que o ex-secretário da Fazenda, Almir Gorges, alertou para o quadro de estrangulamento ainda em agosto de 2017. Sugeriu que nada foi feito para evitar a situação caótica encontrada em abril de 2018.
Pá-de-cal
Há quem veja na postura dura de Eduardo Moreira em relação a Colombo (ele também criticou os aumentos salariais concedidos ao funcionalismo na era do antecessor, bem acima da inflação do período), associada à extinção de cargos que vai atingir em cheio os pessedistas, a pá-de-cal na possibilidade de nova aliança entre MDB e PSD este ano.
