A reunião do presidente da Assembleia, Gelson Merísio, acompanhado do secretário da Fazenda, Antônio Gavazzoni (ambos do PSD), com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), sexta-feira passada, escancara mais uma situação sui generis na política tupiniquim (onde, dizem, até boi voa): o PSDB Barriga-Verde é um tucano de três asas.
O encontro, com claros contornos eleitorais, foi intermediado pelo deputado estadual Leonel Pavan. Ex-governador do Estado, ele sonha em disputar novamente o Senado, onde já esteve por quatro anos (2003-2006).
traição no ar, considerando-se que o discurso do novo presidente, Marcos Vieira, é de candidatura própria em 2018?
TRÊS FRENTES
As tacadas de Pavan formam uma asa do curioso tucano catarinense. Marcos Vieira, que bateu o candidato natural do partido a uma cabeça de chapa este ano, assumindo o partido, vê-se isolado na proa partidária neste momento. Dedica-se a fortalecer a sigla, mas a propalada unidade do pós-pleito interno virou balela. Voa sozinho na sua própria asa, assistindo à turma do Norte, formada por Bauer, Marco Tebaldi e Vicente Caropreso, alçar um voo diferente na terceira asa do tucanato catarinense. O trio nortista não desistiu do projeto de guindar o senador a nova disputar ao governo, com o respaldo dos votos de 2014.
AUSENTE
A “trivisão” no tucanato catarinense escancarou-se entre sexta-feira e domingo. Além da reunião de Pavan com os pessedistas e Alckmin em São Paulo, no sábado e domingo, Paulo Bauer, Marco Tebaldi e Vicente Caropreso promoviam reuniões anunciando pré-candidatos a prefeito em Joinville, Jaraguá do Sul, Mafra e Canoinhas. Marcos Vieira não foi convidado e não compareceu à movimentação.
Foto: Ag. Alesc, arquivo, divulgação