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PT e PMDB: desgaste brutal

Os dois partidos, que foram sócios-majoritários (PT à frente) do consórcio governista que envolve os escândalos sem fim investigados no âmbito da Lava Jato e outras operações, como a Zelotes, são, naturalmente, os dois mais atingidos em sua imagem. A sequência de fatos envolvendo caciques das duas legendas nunca foi vista na história.

Quando o assunto são as eleições de 2018, não se sabe como chegarão as duas siglas para a disputa, mas o desgaste na imagem é brutal. E inevitável.

No PP o estrago também é difícil de calcular. Por ora, apesar de Aécio Neves e José Serra, enrolados até o pescoço em maus feitos de toda ordem, e uma ou outra citação a lideranças como Geraldo Alckmin, os reflexos das investigações no PSDB até aqui são menores. Mas ainda há muita água para rolar até as definições eleitorais.

Fato mesmo é que Lula da Silva é réu em cinco processos, denunciado em outros 9 e já tem uma condenação a nove anos e meio de prisão na primeira instância. E o PMDB tem praticamente toda a cúpula nacional absolutamente associada à corrupção que grassou (ou grassa?) livremente neste país. Há a denúncia do sexteto da Câmara, chamado de quadrilhão do PMDB. Começa por ninguém menos do que Michel Temer e tem mais cinco figuras de “proa” e muito próximas ao presidente: Eduardo Cunha, Eliseu Padilha, Moreira Franco, Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves. E tem a investigação de Rodrigo Janot que pega a cúpula no Senado, alcançando Renan Calheiros, Jader Barbalho, Edison Lobão, Valdir Raupp, Romero Jucá e o ex-senador José Sarney.

Descolamento

Não é por acaso que o presidente estadual do PMDB, Mauro Mariani, anunciou que pediria a renúncia do comando nacional do partido. A contaminação pode ser inevitável se não houver ações para descolar a secção catarinense da trupe nacional do Manda Brasa. Vale lembrar que o PMDB catarinense, já liderado por Mariani, foi o primeiro a anunciar o desembarque do governo federal no período de Dilma Rousseff. Instinto de sobrevivência aguçadíssimo.

Lula, 13

Expectativa máxima para o novo encontro entre Lula da Silva e o juiz Sérgio Moro, marcado para a tarde desta quarta-feira, 13. Desta feita, o magistrado vai ouvir o réu no processo que investiga a compra de um terreno, pela Odebrecht, para a instalação da sede do Instituto Lula. Antônio Palocci foi uma das testemunhas ouvidas. E entregou absolutamente todo o esquema. O ex-ministro da Fazenda de Lula disse que a empresa dos Odebrecht fez um pacto de sangue com o PT.

 Propina

Segundo os autos do processo, o valor do terreno, que seria na verdade propina para Lula e o PT, custaria R$ 12,4 milhões.

Bagatela

Já nas investigações da PF sobre o quadrilhão do PMDB, no qual Temer é acusado de ser o chefe, a propina para beneficiar o hoje presidente teria chegado a “módicos” R$ 31 milhões.

Viés

Uma pergunta que não se faz quando a pauta da “grande imprensa” é a falta de recursos para hospitais, remédios, medicamentos, profissionais, etc, é o porquê a Saúde é tão cara? Só bater no governo torna o debate superficial.

Preocupação

Um dos temas abordado com maior preocupação na reunião da Comissão de Agricultura da Alesc, ontem, foi a super safra do milho em SC. Incentivados a produzir quando os preços estavam bons, os agricultores catarinenses investiram na cultura e agora os preços não vão nem cobrir os custos. Muitos produtores estão reduzindo as plantações apenas para atender a demanda da própria propriedade.

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