Coluna do dia

Puxão de orelhas

A passagem desastrosa da ministra Tereza Cristina, da Agricultura, semana passada, por Santa Catarina, segue repercutindo.
Enquanto ela pediu orações para puxar a orelha de São Pedro devido à estiagem extrema na região Sul do país, a coluna questionou uma certa leniência das autoridades estaduais ante à falta de anúncios concretos de ajuda vinda do governo federal.
A ministra inclusiva foi muito aplaudida ao término de sua fala. O governador e os parlamentares que lá estavam deveriam é ter puxado a orelha da ministra.
Quem começou a se mexer para efetivamente trazer recursos aos agricultores e empresários do Oeste foi o senador Esperidião Amin. O catarinense está articulando e já conversou com o ministro Paulo Guedes, da Economia, que estuda a possibilidade de viabilizar uma emenda parlamentar conjunta das bancadas do Codesul (SC, PR, RS e MS), para liberar R$ 800 milhões que seriam investidos na construção de poços e açudes nas áreas agrícolas mais assoladas pela falta de chuvas.
É o mínimo que se espera de Brasília para dar um alento aos bravos, valorosos agricultores catarinenses e brasileiros.

Oposição firme
O ex-governador Raimundo Colombo (PSD) é hoje o político que faz mais e a mais consistente oposição ao governo Moisés da Silva.
O pessedista tem feito o contraponto às loas que governistas fazem em torno do crescimento da arrecadação de Santa Catarina.

Tomou gosto
Moisés da Silva usa os cofres abarrotados do Centro Administrativo para fazer muita política. Toda semana há agendas no interior, onde o governador faz anúncios e mais anúncios de obras e ações em todo o estado. Tudo dentro do projeto de reeleição.

Pandemia amiga
Colombo lembra que durante um ano Santa Catarina não transferiu recursos estaduais para amortizar a dívida pública com a União.
Além das demais questões relacionadas à pandemia, como o baixíssimo crescimento de 2020 se comparado com 2019.

Insensível
Raimundo Colombo questiona porque o governo não demonstra sensibilidade para aliviar a barra, reduzindo alíquotas de setores que estão sufocados pela pandemia. Poderia muito bem começar dando um refresco para bares e restaurantes diante de um quadro fiscal favorável. Santa Catarina cobra mais do que o dobra deste segmento do que a maioria dos estados.

Super ministro
Ciro Nogueira, o chefão do PP, assumiu a Casa Civil do governo Jair Bolsonaro e agora vai comandar, indiretamente, também a pasta da Economia.
Despacho do próprio Bolsonaro determina que as decisões econômicas terão que passar antes por Ciro Nogueira. O senador do Piauí é o líder do Centrão, cujo consórcio de partidos tomou conta do governo.

Fechou o posto
Impressiona como Paulo Guedes, outrora chamado de Posto Ipiranga do presidente, um economista respeitado e conceituado, aceita tudo calado. Virou um fantoche, humilhado em praça pública. Já deveria ter pedido o chapéu a muito tempo.

Tomando de assalto
Paulo Guedes foi para a guilhotina bolsonarista, assim como já ocorreu com tantos outros,  porque Bolsonaro virou refém do Centrão. Os quatro partidos que vão respaldar a campanha de reeleição do atual presidente são a alma e a voz do Centrão: PP, PL, PTB e Republicanos.
Perspectiva de descontrole econômico-financeiro nos cofres da viúva a partir da perspectiva eleitoral de Jair Bolsonaro.

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