Coluna do dia

Quadro delicado

O presidente da República elevou o tom durante o sete de setembro, isso já é público e notório. Exagerou na dose, mas trata-se de uma reação ao comportamento desproporcional do Supremo Tribunal Federal, a começar pelo senhor Alexandre de Moraes, que pilota uma série de inquéritos contra Jair Bolsonaro e que será o novo presidente do TSE nas eleições do ano que vem. Simples assim.

Sem falar em Luiz Roberto Barroso, que se esquiva de toda e qualquer iniciativa para dar mais transparência e segurança ao frágil sistema eleitoral tupiniquim. Estranho, não?

Não adianta agora o STF vir com essa cantilena de quem atacou um, atacou todos. Quando se fala em possibilidade de um golpe futuro por parte do presidente, é bom deixar muito claro que quem já praticou o golpe foi o próprio Supremo. Golpe branco que desencadeou definitivamente todo este quadro de instabilidade que tanto mal faz ao país num momento que já é extremo no mundo!

Conselhão

Agora é aguardar se o Conselho da República será chamado ou não. Se o for, terá dois membros da oposição presentes. O deputado Marcelo Freixo, líder da minoria na Câmara, e o notório Renan Canalheiros. Ótimo, excelente.

Além dos presidentes e vices da Câmara e do Senado, o ministro da Justiça e mais alguns integrantes.

 

Sonho distante

Em relação ao impeachment, tese levantada por vários presidentes de partidos (impedimento que é o grande desejo dos golpistas, porque sabem que não vencerão no voto, na urna auditada – exceção feita a Lula da Silva), vamos muito devagar.

 

Supremacia do asfalto

Quem reúne hoje 1 milhão de pessoas no Brasil? Absolutamente ninguém. Bolsonaro reuniu pelo menos 20 milhões no domingo.

 

Barrados no baile

Lula da Silva foi com a esposa para uma praia do Nordeste e tiveram que fechar o local, em Fortaleza, para ele poder frequentar, pois por onde passa, mesmo em sua região de origem, ele é admoestado com o grande título de sua vida: ladrão.

 

Omisso

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, suspendeu as sessões. Arthur Lira, que pilota a Câmara, ficou de quebrar o silêncio nesta quarta-feira, quando convocou sessão para votar o código eleitoral.

 

Pivô

Evidentemente que qualquer processo de impeachment passa por Lira, que cada dia mais é uma figura-chave nesse processo.

 

Manipuladores irresponsáveis

A mídia engajada, manipuladora e apoiadora da quadrilha tenta atritar Bolsonaro com o vice-presidente, Hamilton M<ourão, mas o general estava ao lado de Bolsonaro em Brasília no sete de setembro.

Mourão, advirta-se, já declarou, nesta quarta, que não tem clima algum para Impeachment.

 

Nuvens pesadas

O clima, obviamente, está carregado. Conselho da República se reúne para três situações: intervenção federal (conflito armado); estado de defesa (para restabelecer a normalidade constitucional) e estado de sítio (fechamento do Judiciário e do Legislativo). Todas são situações de exceção e por um período curto e temporário.

Agora, a realidade é que a conflagração está estabelecida. Aguardemos os desdobramentos.

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