O Custo Brasil, medido pelo mais recente estudo da FGV, de 2021, equivale a 19,5% do PIB e chega a R$ 1,35 trilhão. O número é um avanço frente aos 22% do PIB da medição anterior, de 2019, segundo avaliação do conselheiro do Movimento Brasil Competitivo, Rogério Caiuby, em palestra durante o Fórum Radar, realizado pela Federação das Indústrias de SC (FIESC). Para ele, o país precisa agilizar políticas públicas e iniciativas para atacar cinco elementos que corroem nossa competitividade.

O estudo avaliou 12 elementos que afetam a capacidade de o Brasil competir com outros países e os comparou com os custos médios de países da OCDE, e identificou que são cinco os que mais preocupam:

O primeiro deles é a qualificação da força de trabalho, item que contribuiu com R$ 390 bilhões para o Custo Brasil. O segundo elemento com maior contribuição é honrar tributos, item que impacta o Custo Brasil em R$ 310 bilhões. “Temos muitos tributos e um sistema tributário complexo. Hoje, as empresas brasileiras gastam 1,5 mil horas ao ano para pagar tributos. A média dos países da OCDE são 150 horas anuais. Com a Reforma Tributária, é possível que essas horas sejam reduzidas para 800 horas anuais”, afirmou.

Na terceira posição está a infraestrutura, com contribuição de R$ 290 bilhões. De acordo com Caiuby, é preciso impulsionar fortemente os investimentos em rodovias, que respondem por 75% da nossa matriz logística, e desconcentrar modais, acelerando a regulamentação da cabotagem e o marco legal das ferrovias.

O acesso ao capital impacta em R$ 260 bilhões, na quarta posição. “O Brasil é um dos únicos países do mundo que tributa investimento. Para pequenas e médias empresas o custo de capital é impeditivo”.

O ambiente jurídico e regulatório, provoca um impacto de R$ 210 bilhões ao ano, causando insegurança jurídica nas empresas. “Para se ter uma ideia, só na esfera federal são 135 órgãos capazes de gerar leis”, explicou Caiuby.

Acompanhe a cobertura completa

Liderança

O evento ainda trouxe o tema liderança, na palestra do ex-técnico da seleção brasileira masculina de vôlei, Renan Dal Zotto. Ele fez um paralelo entre o esporte de alto rendimento e o universo de alta performance dos executivos das indústrias. “Não tem receita de bolo para uma boa liderança. O líder precisa entender bem a equipe, buscar novas soluções e não se acomodar. Esse é o principal desafio das pessoas em posições de liderança”, explicou. Você pode acompanhar a cobertura de todos os painéis e palestras e assistir a transmissão no Youtube.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas