Quase lá
Estamos há praticamente 24 horas da investidura de Jorginho Mello à frente da administração estadual. Há, ainda, uma meia dúzia de pastas a serem preenchidas. Sem falar na Presidência da joia da coroa, a Celesc. O governador diplomado quer trazer um CEO de fora para imprimir um ritmo acelerado de desenvolvimento e avanços para a economia. Além do presidente do Badesc.
Esta semana, Jorginho anunciou Marcelo Fett para a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação. É uma pasta que está sendo criada. A indicação partiu da Acate (Associação Catarinense de Tecnologia). Fett, aliás, é um belíssimo quadro.
Foi secretário municipal em Palhoça e São José. Sempre na área de Desenvolvimento Econômico. Tentou eleger-se deputado estadual sem sucesso, mas é um quadro técnico. Não chega ao governo por sua filiação ao MDB.
Com relação à Casan, Laudelino Bastos, que foi 24 anos funcionário do Besc e por 14 anos atuou como diretor financeiro da companhia, e agora irá pilotar a estatal.
Bela aposta
O jovem deputado estadual Estener Soratto Jr., de Tubarão, foi confirmado na Casa Civil. É um belo nome, embora ainda sem grande experiência política no contexto estadual. É uma aposta do governador que tem tudo para dar certo.
Gordura
Pelo menos duas ou três secretarias devem ser definidas provavelmente lá na segunda quinzena de janeiro. É uma reserva de segurança para Jorginho Mello, que vai atuar pessoalmente para acertar o baralho com o Legislativo estadual.
Boa política
Experiente, o governador diplomado descarta qualquer enfrentamento com o grupo que apoia Mauro De Nadal, que tem 26 deputados alinhados.
Açodamento
O seu PL, com 11 deputados, anunciou apoio, de forma açodada, a Zé Milton Scheffer, do PP, partido que tem outros três parlamentares.
Puxão de orelhas
Jorginho praticamente desautorizou a bancada, que teria fechado respaldo ao PP, com a recordista de votos, Ana Campagnolo (PL), de vice. Ele sabe perfeitamente que não é aconselhável começar o governo com minoria no Legislativo ou mesmo com a bancada rachada.
Diálogo
Jorginho Mello quer sentar para conversar. Ele não tem nenhuma restrição em relação ao MDB e não vê qualquer problema em apoiar o nome de Mauro de Nadal.
Deixa comigo
O governador se viu obrigado a entrar no circuito porque as articulações de Ivan Naatz, fiel escudeiro, registre-se, andavam um pouco, digamos, estabanadas. Foram várias barbeiragens do parlamentar no pós-eleição.
Ingenuidade
Mauro de Nadal, obviamente, não vai aceitar a troca do comando da Alesc por uma pasta no Colegiado. Mesmo que fosse a Infraestrutura, a mais vitaminada secretaria estadual, conforme algumas fake News divulgadas neste dezembro.
Vai emplacar
Esta posição pode acabar oferecida ao próprio Zé Milton. O Progressista, um dos melhores quadros da Assembleia, pode, ainda, ser aproveitado como líder do governo.
Base sólida
Jorginho certamente vai dar uma acertada no baralho para já iniciar o governo com o pé direito, projetando contar com pelo menos 30 dos 40 deputados, a exemplo do que fizeram Luiz Henrique da Silveira e Raimundo Colombo.
Musculatura
O governador diplomado, vale lembrar, fez bem mais votos do que LHS e Colombo. Elegeu-se com mais de 70% dos votos válidos e não vai querer começar a queimar este capital já na largada de sua gestão.