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Que país é esse?

Michel Temer tornou-se presidente depois de um impeachment de uma presidente que não tinha mais qualquer condição moral e política para continuar no comando. Lançou o Brasil num abismo sem fim. Conta que todos nós vamos pagar por muitos anos. Evidentemente que do substituto de uma gestão desastrosa e que chega ao poder pela via legal, mas indireta, será cobrada uma postura diferenciada. Na área econômica, a equipe liderada por Henrique Meirelles vem fazendo um bom trabalho. A inflação começa a ceder e os juros devem cair mais um pouquinho na semana que vem.

Mas do ponto de vista moral, Geddel Vieira Lima, ex-homem forte da atual administração, tornou-se o sexto ministro a cair. Neste caso, não apenas por suspeitas gravíssimas. Mas por ter levado para o coração do governo uma questão particular. Com o país quebrado, milhões de desempregados, todo mundo cortando tudo de todo lado, e os homens que deveriam estar trabalhando incansavelmente para mudar os rumos estão discutindo um problema particular de um ministro? Inclusive o presidente da República! É o fim da picada. Geddel já deveria ter sido demitido. Como não foi, expôs definitivamente Temer e o governo.

Quem avisa…

Aliás, antes mesmo da efetivação de Geddel Vieira Lima, o blog já alertava que este, e outros nomes que já caíram, e outros que têm conteúdo mais do que suficiente para cair (como Moreira Franco e Eliseu Padilha), eram nitroglicerina pura.

Contaminação

Depois da denúncia do ex-ministro Marcelo Calero, que afirma ter sido pressionado para que o Iphan liberasse um imóvel onde Geddel tem investimento em Salvador, a situação do baiano tornou-se insustentável. O articulador político contaminaria as relações com o Congresso. Ainda mais considerando-se que o governo ainda precisa fazer passar medidas muito impopulares, como a reforma da previdência e a trabalhista.

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