Enquanto o secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, dá voz e defende ferrenhamente as revisões de incentivos fiscais contidas em três projetos de lei, de origem governista, que tramitam na Assembleia, empresários e deputados atacam a iniciativa.
Eli reverbera o que pensa e deseja o governador Moisés da Silva, que levantou o tema já no início de sua gestão.
As partes correm contra o tempo. As três propostas que restabelecem a renovação ou determinam a revisão dos incentivos fiscais, alcançando os mais diversos segmentos produtivos de SC, devem ser votadas antes de 17 de julho, data na qual se inicia o recesso parlamentar na Assembleia.
Nesta segunda-feira, às 17h, a Comissão de Finanças da Alesc se reúne. Paulo Eli é aguardado e já sabe que o colegiado de deputados apresentará as demandas – e queixas e ameaças de empresários que atuam no estado e que estão na iminência de perder benefícios.
Faca no pescoço
Na quarta-feira passada, grupo de empresários esteve com os deputados estaduais. Sobretudo com os que fazem a interlocução junto ao governo: Milton Hobus e Marcos Vieira. A bronca foi grande. Várias empresas podem deixar Santa Catarina se os benefícios de ICMS forem revistos.
Nominata
Pelo menos foi o que disseram aos parlamentares os donos, sócios ou dirigentes das seguintes companhias: Segalas Alimentos, Intelbras, Círculo, Fiação São Bento e Plasvale, entre outras, que somam mais de 35 mil empregos diretos. No fim de semana, a assessoria do movimento empresarial já divulgou informações indicando que o contingente de postos de trabalho ameaçados chegaria a 50 mil.