Coluna do dia

Quem é Laércio Schuster

O deputado Láercio Schuster, único parlamentar a votar pelo prosseguimento do processo de impeachment de Moisés da Silva, foi prefeito duas vezes de Timbó e tem fama de boa liderança regional. Mas a maneira como ele chegou à Alesc é, no mínimo, questionável. O caminho foi tortuoso. Ele era filiado ao PP. Foi nomeado assessor pelo então presidente da Casa, Silvio Dreveck. Os cardeais progressistas estavam apostando numa candidatura dele, visando a se reforçar no contexto estadual. O PP enfraqueceu muito recentemente.

Dos cinco mandatos conquistados no último pleito, três são da família Amin (senador, deputada federal e deputado estadual). Só Altair Silva, do Oeste, e Zé Milton Scheffer, do Sul, não pertencem ao clã.

Resumindo, apostaram tudo em Schuster, mesmo depois que começaram a pipocar especulações sobre a possibilidade de ele trocar de endereço partidário. Dreveck foi conversar com ele. Schuster desmentiu categoricamente. Mas acabou indo mesmo para o PSB depois de se acertar, à época, com Paulinho Bornhausen.

No circuito

Até mesmo Esperidião Amin pegou o carro e foi ao Vale do Itajaí conversar com o então pré-candidato. Mas nada adiantou.

Sem valor

Ou seja, palavra é algo que parece não valer para Schuster. Mas, o pior ainda está por vir. O voto dele pelo afastamento do governador, em plena pandemia, teria sido motivado pela atenção que o governo dá a seu desafeto local, o deputado Jerry Comper, do MDB. Oras, que parlamentar é esse? Isso lá é motivo para afastar um governador?

Sem apoio

Outra situação que envolve o nome do deputado, agora com vistas ao futuro. Sem um herdeiro político definido, o prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, estaria convencido a apostar as fichas em Laércio Schuster. O deputado mudaria o domicílio eleitoral de Timbó para Blumenau. Depois do voto dele no segundo impeachment, contudo, essa perspectiva não existe mais. Schuster pode até tentar a prefeitura da maior cidade do Vale, mas o fará por conta própria, sem o apoio de Hildebrandt, hoje a maior liderança política de Blumenau.

Base do impeachment

Deputado proponente e relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Respiradores, Ivan Naatz, também líder da bancada do PL na Assembleia Legislativa, avaliou a decisão do Tribunal Especial de Julgamento que acatou parcialmente a denúncia para novo afastamento provisório do cargo do governador Carlos Moisés da Silva, sexta-feira última (26) como a “satisfação de um dever cumprido e com reflexo político, pedagógico e administrativo para todos os gestores públicos”.

Ela no comando

A Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Santa Catarina (ADEPOL-SC) elegeu a sua nova Diretoria na tarde desta sexta-feira, tendo à frente a Delegada de Polícia Vivian Garcia Selig no cargo de presidente. Em eleição pela internet (em decorrência da pandemia), a chapa Coalizão, única inscrita para o pleito, foi eleita com 319 votos, de um total de 327 votantes – votos brancos e nulos somaram 8. A nova diretoria será empossada no final de abril.

Chapa única

Segundo a presidente eleita, a participação de uma chapa única teve como objetivo a união da classe em face das pautas prioritárias e essenciais aos Delegados de Polícia Catarinenses para o biênio 2021/2023.

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