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Racha no MDB!

Dos nove deputados eleitos pelo MDB à Assembleia Legislativa, sete formam o grupo que disputará a presidência da Casa com Mauro de Nadal, deputado de terceiro mandato e que tem fortalecido sua liderança.

Mas dois deles saíram bastante chamuscados do processo. Valdir Cobalchini, o mais votado da legenda, e Moacir Sopelsa, o mais antigo emedebista na Alesc. Especialmente o primeiro, que desde o resultado das urnas passou a mirar o comando do Legislativo.

Como a eleição é no começo de fevereiro, depois que a nova legislatura for instalada, resta saber como chegará lá o Manda Brasa. Hoje, está dividido. Difícil acreditar que Cobalchini e Sopelsa votem no correligionário.  Os dois não foram à reunião que ungiu Mauro de Nadal e o primeiro anda cuspindo marimbondos na direção dos colegas.

Fortalecimento

Apesar do racha (o ideal seria o consenso), Nadal sai fortalecido internamente por vencer a queda-de-braço com Cobalchini e pode articular com outras lideranças a divisão do mandato. O PSL, segunda maior bancada, em sua maioria é simpático à Júlio Garcia, do PSD. Nadal e Garcia podem articular um acordão para dividir o mandato. Mas vão ter que negociar muito com o próprio PSL e as demais bancadas e partidos, como o PP, que tem interesse em posições-chave na própria Mesa e nas comissões permanentes da Casa.

Mauro de Nadal e Valdir Cobalchini – foto>Ag. Alesc, arquivo, divulgação

Compasso de espera

Júlio Garcia conta com bom trânsito no PSL. Deputados do partido, no entanto,  aguardam. Estão em compasso de espera para ver a posição do governador eleito, Carlos Moisés neste contexto de presidência da Alesc e da formação da base governista.

Educação

A jovem e polêmica deputada eleita Ana Campagnolo tende a votar fechada com o PSL quando o assunto é a presidência da Casa. Mas o voto pode ter pelo menos uma condicionante: a formação da Comissão de Educação da Alesc a partir de 2019. Ponto pacífico para ela é esvaziar o poder da petista Luciane Carminatti, de Chapecó.

Pressão

Nos encontros com correligionários, deputados e dirigentes do PSL, Carlos Moisés não tem dado muita abertura para conversas acerca de cargos em seu futuro governo. O que existe, de fato, são pressões, já bem conhecidas, para que ele promova acomodações.

Jorginho confirmado

O deputado federal Jorginho Mello, o segundo mais votado ao Senado nas eleições de outubro, respira aliviado. O TSE deu ganho de causa, por unanimidade (7 a 0), ao seu segundo suplente, Beto Martins, e confirmou a vitória do presidente estadual do PR nas urnas.

Prazo

A eleição de Jorginho estava sub judice porque questionava-se, nos tribunais, a data de filiação de Martins ao PSDB. No entendimento dos ministros, restou comprovado que o tucano alistou-se no dia 6 de janeiro de 2018. Dentro do prazo para disputar o pleito, portanto.

Tripartidária

A representação partidária de Santa Catarina no Senado ficará assim: um do PP, Esperidião Amin; um do PR, Jorginho Mello e um do MDB, Dário Berger, que está no meio do mandato. Nos últimos oito anos, tucanos e emedebistas dominaram o Senado por SC.

 

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