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Redes de varejo e materiais de construção puxam crescimento da arrecadação do Estado em julho

Depois de quatro meses de queda brusca na arrecadação em função da pandemia da Covid-19, o Governo do Estado voltou a apresentar crescimento da receita de impostos em julho, totalizando R$ 2,36 bilhões. De acordo com o Sindifisco – Sindicato dos Fiscais da Fazenda do Estado de Santa Catarina, a evolução de 8% em relação ao mesmo período do ano passado foi puxada, principalmente, pela arrecadação de ICMS nos setores de redes de varejo (crescimento de 70,4%) e material de construção (50,4%). “O crescimento excepcional destes dois segmentos compensou as quedas registradas nos ramos de automóveis (-33,5%) e energia elétrica (-14,8%), que ainda sofrem efeitos da pandemia”, avalia o presidente do sindicato, José Antônio Farenzena.

As ações de fiscalização impulsionaram a arrecadação de ICMS das empresas que integram o Grupo Especialista Setorial Redes de Varejo (formado por grandes lojas, exceto supermercados) da Secretaria de Estado da Fazenda. “Uma operação realizada em 20 contribuintes registrou R$ 16,9 milhões em infrações fiscais e uma parcela relevante foi recolhida na defesa prévia”, conta o auditor fiscal Felipe de Pelegrini Flores, coordenador do grupo. Segundo ele, houve ainda um forte aumento na receita de ICMS de redes com vendas pela internet (59,27%) e no setor de móveis e eletrodomésticos (38,8%).

O aumento do consumo foi a principal razão para o crescimento de 50% da arrecadação no setor de material de construção. De acordo com Carlos Eduardo Abdom, coordenador do Grupo Especialista Setorial responsável pelo monitoramento fiscal do segmento, houve uma corrida a lojas do ramo em função do início ou retomada de obras residenciais e corporativas. “Tudo isso tem a ver com a pandemia. Percebe-se um redirecionamento dos gastos das famílias, impedidas nesse momento de adquirir passagens e pacotes turísticos, ou até mesmo de fazer pequenos deslocamentos rodoviários para lazer”, avalia Abdom.

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Os demais setores que apresentaram crescimento na arrecadação são Metalmecânico (28,2%), Transportes (18,2%), Supermercados (12,9%), Combustíveis (12,7%), Agroindústria (11,2%), Medicamentos (10,6%), Bebidas (10,2%) e Têxtil (7,6%). Além de Automóveis e Energia Elétrica, tiveram queda os setores de Restaurantes (-9%), Embalagens e Descartáveis (-4%) e Comunicações (-2%).