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Reflexos da fusão DEM/PSL

Provavelmente na terça-feira, 21, será formalizada a fusão de dois partidos dentre as dezenas de partidos brasileiros, o PSL, pelo qual se elegeu o presidente da República, e o Democratas, sucedâneo do PFL que, a seu turno, foi uma dissidência do PDS lá em 1985. Formou-se a Frente Liberal para eleger Tancredo Neves no Colégio Eleitoral daquele ano.

O PFL se acertou com o então o PMDB para ungir Tancredo como presidente, deixando Paulo Maluf pelo caminho. Inclusive o catarinense Jorge Konder Bornhausen teve participação decisiva nesse processo junto com Marco Maciel, Guilherme Palmeira e Antônio Carlos Magalhães, avô de ACM Neto.

Hoje o PSL e o PT, que têm as maiores bancadas na Câmara, são os partidos que mais irrigam suas arcas com os valores bilionários dos fundos eleitoral e partidário, o que é uma excrescência.

O número de deputados também define o tempo de TV de cada legenda.

Dinheiro a rodo

A fusão leva o novo partido a contar, de cara, com 81 deputados e oito senadores. Eles teriam, em 2022, a maior parcela da farra fundo-nababesca que abasteça as necessidades dos políticos deste país.  Uma parcela do PSL, naturalmente, vai desembarcar na janela de março, seguindo para onde for Jair Bolsonaro. Calcula-se que cerca de 25 deputados irão dar baixa nas fileiras pesselistas. Mesmo assim, a nova sigla será a maior no Congresso.

Terceira via

A fusão nasce financeiramente forte e com o objetivo de lançar candidato à Presidência da República. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que andava de namoro com o PSD de Gilberto Kassab, pode ser o nome do “DEMSL”. O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, também seria opção nesta agremiação, embora seja um nome fraco, além do comunicador José Luiz Datena.

Gean fortalecido

Aqui em Santa Catarina, o nome que sairia forte desta fusão é o do prefeito da Capital, Gean Loureiro (hoje no DEM). Fábio Schiochet também seria opção, mas é candidato à reeleição.

Outro nome cogitado para o novo partido é o deputado estadual Ricardo Alba.

Conta no azul

Sob o ponto de vista do acesso aos fundos, em Santa Catarina a fusão nasceria forte. Mas ainda sem o respaldo de lideranças, sem base forte neste momento.

Sem contar os movimentos de bastidores, onde se articula um freio nas possíveis pretensões do prefeito de Capital.

Acordo

Que tem, ainda, outro componente em desfavor dele: renunciar à prefeitura de Florianópolis só se justificaria para concorrer ao governo. Se o espaço que possa vir a ser ofertado a Gean for o Senado ou a vice, ele terá dificuldades para concretizar o movimento sob a ótica do eleitorado da Capital. Por fim, consta que Gean teria um acordo para renunciar e entregar a prefeitura ao vice-prefeito, Topázio Neto.

foto>PMF, divulgação

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