Michel Temer e seus principais assessores estão mobilizados em bloco na cruzada para aprovar a Reforma da Previdência ainda em fevereiro. Ela urge. Os números são alarmantes. Ah, mas Michel Temer está desgastado. Está! O presidente por duas vezes quase que foi afastado do cargo. Quase foi! Ele é muito impopular. É! Está no último do governo. Sim! Estamos em ano eleitoral. Estamos! Mas a reforma da previdência não pode esperar. A saúde financeira da nação precisa estar acima de questões políticas.
A situação é tão grave que não dá pra ficar com essas conversas moles e muito menos deixar para o próximo presidente, etc e tal. Depois do Carnaval, teremos uma bela oportunidade para liquidar essa fatura na Câmara e no Senado.
De 2016 para 2017, o rombo total da Previdência, somando-se os setores privado e público, cresceu 18,5%, atingindo inacreditáveis R$ 270 bilhões. Isso sem considerar a conta dos Estados. Somadas, as unidades da federação devem cerca de R$ 80 bilhões aos respectivos sistemas previdenciários. O que faz o déficit previdenciário brasileiro atingir siderais, astronômicos, incríveis R$ 350 bilhões, montante que é maior do que o PIB de vários países sul-americanos!
Comunicação
Como o governo tem perdido de goleada a guerra da comunicação em torno da Reforma da Previdência, Michel Temer foi ao programa de Silvio Santos no último domingo. E falou a verdade. A reforma não é ruim para o trabalhador, para os mais pobres. Ela vai impactar muito mais para quem ganha muito, especialmente no setor público, aonde não raro o cidadão contribui sobre a base de R$ 5 mil para depois ganhar R$ 33 mil mensais. Escracho.
Contabilidade
Hoje, o Planalto contabiliza cerca de 270 votos favoráveis às mudanças previdenciárias. Em plenário, precisará de 308 deputados, mas para votações dessa natureza, a tropa de choque governista tem que contar com, no mínimo, 320 aliados para garantir a fatura. Ou seja, faltam 50 votos.
Procuradoria da Alesc
Um dos nomes que irá compor a equipe de trabalho do deputado Aldo Schneider na presidência da Assembleia Legislativa de Santa Catarina é o do advogado Paulo Henrique Rocha Faria Junior. Ele atua como consultor jurídico no Poder Legislativo estadual e será nomeado Procurador-Geral da Casa assim que o emedebista assumir. Vai ser um dos homens de extrema confiança do novo presidente durante o ano legislativo para desempenhar papel estratégico na gestão de Aldo Schneider à frente da Alesc.
Segurança Pública
O desembargador Sidney Dalabrida, que assumiu no TJSC em novembro do ano passado, tem seu nome ventilado, caso se confirme a renúncia de Raimundo Colombo, para assumir a Secretaria de Segurança Pública no governo-tampão de Eduardo Pinho Moreira.
Combinar com os russos
Importante frisar que não se sabe se ele teria interesse e tampouco se já foi sondado. Mas como tem experiência no meio militar e na área criminal, seu nome surgiu com força nesta segunda-feira. Principalmente nos meios militares. Especialmente entre os oficiais da Polícia Militar. Mas falta combinar com ele.
FRASE
“Não sei por que um caso específico [do ex-presidente petista] geraria uma pauta diferente. Seria apequenar muito o Supremo. Não conversei sobre isso com ninguém.” Ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, durante jantar com jornalistas segunda-feira à noite, sobre as especulações de que o Supremo poderia rever o entendimento de que condenados têm que ser presos após vencidos os recursos na segunda instância judicial.