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Reforma da Previdência balizará crescimento da economia

A meta do ministro Paulo Guedes (Economia) é economizar, com a reforma da Previdência, R$ 1 trilhão em 10 anos. Ou seja, R$ 100 bilhões por ano a menos de custa para os cofres públicos. Há outra proposta ainda mais ousada. Essa para reduzir os gastos em R$ 1,5 trilhão no próximo decênio.

São propostas robustas. Só que o problema será convencer o presidente Jair Bolsonaro a aceitar uma delas. Por exemplo, ele já disse que não aceita que a idade mínima seja de 65 anos para homens e mulheres. Há outras questões polêmicas. Por exemplo, os militares vão entrar na reforma? Têm que entrar. E as aposentadorias especiais? De deputados, senadores, altos servidores públicos? Tem que mexer nisso também. O teto que vale para o INSS, de R$ 5.645,80, tem que valer para todos.

Aqueles que quiserem ganhar mais depois que pararem de trabalhar que façam um plano privado. Simples assim.

O projeto que foi elaborado por Michel Temer previa uma economia de R$ 800 bilhões em 10 anos. Mas depois que ele precisou negociar com o Congresso para não ser cassado, a projeção de economia baixou para R$ 480, ou seja, caiu quase pela metade.

Isonomia

O fato é o seguinte: a reforma precisa ser isonômica, valendo para todos, uma reforma justa, e o ideal é que ela seja a mais ampla possível. Esse é o raciocínio de Paulo Guedes. Para o Brasil crescer mais nos próximos anos, é fundamental que haja mais dinheiro circulando e gerando empregos a partir da justiça previdenciária.

Urgência, urgentíssima!

As mudanças na Previdência urgem. Nessa toada, daqui a pouco mais jovens vão querer se aposentar e não vão conseguir. E os mais velhos vão ficar sem receber seus benefícios. Somente em 2018, o déficit previdenciário foi de R$ 290 bilhões. E vai seguir crescendo se nada for feito, encaminhando o país para a bancarrota.

 

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