Evidentemente que aos olhos do trabalhador comum, a proposta de reforma previdenciária enviada ao Congresso pelo governo Temer é duríssima. Ninguém poderá se aposentar antes de completar 65 anos (isso a partir da eventual aprovação e entrada em vigor da nova legislação) e só terão direito aos proventos integrais os que contribuírem por 49 anos. Hoje, este patamar temporal é de 35 anos. Uma grande diferença, ainda mais por alcançar pessoas entrando na terceira idade. Há outros pontos polêmicos, como a ausência dos militares no pacto, o que é inadmissível.
Mas em linhas gerais, a reforma, apesar de dura, é mais do que necessária. O rombo previdenciário em 2016 já se aproxima dos R$ 200 bilhões. Neste ritmo, o Brasil pode virar a Grécia da vez, muito em breve. As consequências seriam terríveis. Bem piores do que os dias que o país tem vivido.
Pelas medidas anunciadas, o Planalto projeta economizar quase R$ 700 bilhões em 10 anos, invertendo a lógica perversa que impera hoje e que pode deixar milhões de aposentados sem seus salários se nada for feito. É questão de endurecer ou morrer! Resta saber o nível de alterações que a Câmara e o Senado farão na proposta. O relator, Alceu Moreira, o The Flash, já deu parecer favorável no âmbito da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
Na foto, Alceu Moreira (D) entrega o relatório ao presidente da CCJ, Osmar Serraglio (E)