Coluna do dia

Reforma urgente

Mesmo com as gambiarras que foram chamadas de minirreforma eleitoral, e com a proibição, pelo STF, de doações empresariais a campanhas eleitorais, o processo “democrático” no país segue pra lá de contaminado.

Segundo relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), há indícios de irregularidades em 38.985 doações eleitorais em 2016. Significa que 34% das 114.526 pessoas que se prestaram a dar dinheiro a candidatos podem estar ferindo a legislação.

Os casos mais notórios de fraude são os 35 doares já falecidos. Inclusive com a devida certidão de óbito expedida pelo cartório. Mas a irregularidade mais comum seria as doações acima dos valores permitidos. Também há eleitores generosos que estão cadastrados no Bolsa Família (ou Bolsa-voto) e que jamais teriam condições de repassar recursos a campanhas.

Um acinte. Um absurdo e mais um tapa na cara da população. As reformas econômicas, sem sombra de dúvidas, são urgentes para que o país volte a crescer. Mas mais urgente ainda é uma reforma política ampla e que contemple também mudanças nos partidos políticos, hoje, em não poucos casos, verdadeiras empresas familiares.

 

Na mira do Moro

Dilma Rousseff, devidamente destituída da presidência da República, não possui mais foro privilegiado. Significa que ela passa a estar na mira do juiz Sérgio Moro, da Lava Jato. A petista foi citada 72 vezes por seu ex-líder no Senado, Delcídio do Amaral. Outros 10 delatores citaram a ex-guerrilheira como responsável por práticas incofessáveis. Somente Lula da Silva foi citado mais vezes do que ela. A marca de “honesta” pode estar caindo por terra em breve.

 

Quilometragem

Foi cansativo, mas o deputado Gelson Merisio, presidente do PSD, conseguiu cumprir a promessa de ir conversar pessoalmente com os 140 candidatos a prefeito que o partido terá em Santa Catarina. Foram mais de três semanas na estrada, com dias com mais de dez municípios na agenda e compromissos também aos sábados e domingos.

 

Alerta

O último foi em Flor Do Sertão com o candidato Sidi e seu vice Renato. Merisio debate vários temas, mas tem sempre repetido o alerta para os cuidados especiais que essa eleição exige, “uma eleição única”, em suas próprias palavras. Ele também começou o roteiro pelo Oeste, em Águas Frias, para prestigiar sua região de origem.

 

Contabilidade

O prefeito Cesar Souza Junior esteve em Brasília esta semana. Teve audiência com o presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, e com o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, seu correligionário. O objetivo do prefeito é levantar pelo menos R$ 30 milhões de uma ação que hoje chega a R$ 52 milhões. A ação é do município contra o Banco pelo não pagamento de ISS desde a época do Banco do Estado de Santa Catarina (BESC), depois incorporado pelo Banco do Brasil.

 

Juros

O valor total da ação era de R$ 20 milhões, que hoje corrigidos chegam a este montante. Com ação em grau de recurso junto ao STF, a ideia é buscar uma compensações destes valores e levantar no acordo a utilização de R$ 30 milhões pela Prefeitura e o Banco do Brasil os outros R$ 22 milhões, até a sentença final. Cesar corre contra o tempo para fechar seu período à frente da prefeitura da Capital com as contas em dia.

 

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