O empenho do Palácio do Planalto, e do próprio presidente Temer, para a recondução do deputado fluminense Rodrigo Maia à presidência da Câmara está rendendo frutos.
O parlamentar está fechadíssimo com o governo quando o assunto são as reformas previdenciária e trabalhista.
As mudanças no sistema de aposentadoria transformaram-se na bola da vez. Maia já mandou avisar que vai se empenhar pessoalmente para aprovar o texto final o mais próximo possível do que deseja o governo. Ainda este ano.
O presidente da Casa, assim como o relator da proposta na Casa, outro Maia, o Arthur, estão defendendo publicamente a idade mínima de 65 anos, bem como outros pontos considerados polêmicos, como as aposentadorias dos trabalhadores rurais mediante comprovação de tempo mínimo de contribuição. O presidente do Legislativo tem dito que se trata do projeto mais importante a ser apreciado pela Câmara nos últimos anos.
Reforma necessária
Mudar as regras da previdência é fundamental para o futuro do Brasil. Mas há pontos, como a questão dos 49 anos de contribuição, que podem ser flexibilizados.
Discurso
O mantra governista para defender a reforma é o que está na moda. Equilíbrio das contas públicas. Retomada do crescimento. Geração de empregos. Maravilha. Agora só falta convencer os deputados. Boa parte da turma do Centrão, por exemplo, já sinalizou que não vota as medidas de jeito nenhum. É o aguçado instinto de sobrevivência parlamentar!
Cadafalso
A resistência dos deputados em relação à aprovação da Previdência pode ser entendida pelo cenário pintado por um deputado federal catarinense que circulou na Assembleia na manhã de terça, antes de embarcar para Brasília: “O governo chamou os deputados e disse que o país está quebrado. Disse mais. Que há uma solução. Basta o parlamentar colocar a cabeça na guilhotina, aprovar a reforma (comprometendo seu futuro político) e o país estará salvo. Aquela turma lá (parlamentares federais) não vai votar”.