Coluna do dia

Renan pode?

Renan pode?

Depois do afastamento de Eduardo Cunha, tanto do mandato como da presidência da Câmara, o mínimo que se espera é o mesmo procedimento em relação ao presidente do Senado, Renan Calheiros. Por sinal, o alagoano é correligionário de Cunha. E vem logo em seguida na linha sucessória presidencial.

Renan tem uma coleção de denúncias, nove no total, na Lava Jato e é réu em outro processo. A única diferença entre os dois é a conduta. Enquanto Eduardo Cunha é trombador, bate de frente, dá soco na mesa, o senador é bem mais “mineiro.” Evita confronto direto e procura sempre contemporizar.

Mas os dois são réus. E Renan se sobressai por já ter renunciado à própria presidência do Senado para não perder os direitos políticos, pois sua degola era certa. Então, se o Cunha não pode assumir a presidência, senador também não pode. A pergunta que não quer calar: por que só estão se encaminhando os assuntos relativos ao presidente afastado da Câmara? É pra preservar Renan Calheiros?  Se sim, por que preservar Renan? Com a palavra, o Supremo, o PT, o PMDB e os demais partidos.

 

Paralisia

Além da economia andando de ré, a política no país também não produz fatos novos fora do circuito da Lava Jato. Exceção feita à disputa entre Estados e a União sobre as dívidas dos entes federados, discussão puxada por Raimundo Colombo, não acontece absolutamente nada.

 

Socorro

“Intercedi junto aos BNDES para promover o apelo das entidades que querem uma linha financiamento para os atender emergencialmente. Os hospitais filantrópicos, principalmente em Santa Catarina, são importantes e fundamentais para o atendimento no serviço público de saúde. Esperamos que o BNDES possa vir ao encontro deste desespero que vivem hoje essas instituições, responsáveis pelo acesso do cidadão ao SUS”, disse o senador Dalirio Beber, que defende o socorro do banco federal aos hospitais filantrópicos. E não a ajuda para financiar obras em países sob ditadura.

 

Nomes

Não tem lógica imaginar que o próximo presidente da Câmara venha a ser de um partido adversário do PMDB. Nem que seja em um Estado estratégico como Santa Catarina. No caso, do PP. A presidência da Casa tem tudo para ficar com Jarbas Vasconcellos, uma das poucas reservas morais do Congresso atualmente. Ele é do PMDB de Michel Temer. Mas o PSDB articula com Temer para emplacar Antônio Imbassahy.

 

Alternativas

O carioca Miro Teixeira também é um bom nome, assim como o gaúcho Osmar Terra, este também peemedebista. Solução nesse sentido fortaleceria sobremaneira o catarinense Mauro Mariani, já que os dois têm excelente relação na Câmara.

 

Senhor Educação

Durante almoço de ideias promovido pela ACIBr, no clube Bandeirante de Brusque, o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, voltou a fazer um apelo à sociedade para que a educação tenha prioridade. Frisou que é preciso pagar melhor e cobrar mais dos professores e que os alunos precisam ser ouvidos no processo. Entre as várias citações, Côrte invocou o Papa Francisco, segundo quem os pais estão no exílio quando o assunto é a educação dos filhos; e lembrou que a única pessoa para quem o embaixador do Japão abaixa a cabeça, em sinal de reverência, é o professor.

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