República ameaçada
O que já veio à tona até agora depois da prisão dos quatro hackers que teriam invadido e roubado informações dos celulares do ministro Sérgio Moro e de procuradores da Lava Jato é absolutamente preocupante. O equilíbrio da República, as instituições, estão em risco total.
A atuação destes criminosos, especialistas nos mais variados crimes cibernéticos, pode ter atingido até 1.000 pessoas, todas de altos escalões dos poderes ou do meio empresarial.
Além de Moro, outro ministro-chave do governo, Paulo Guedes (Economia), também teve seu aparelho invadido. Já se fala no próprio presidente Jair Bolsonaro, além de magistrados, procuradores, outros ministros, enfim. Um escândalo.
Faz-se necessária a mais minuciosa e profunda investigação. É caso para ser tratado como de segurança nacional.
Essas quatro figuras nefastas agiram de brincadeira, para se distrair, por iniciativa própria? Ou fizeram tudo sob encomenda? Quem seria o mandante? Ou os bandidos atuaram com o único objetivo de vender o material? Estes questionamentos não podem ficar sem respostas.
Esclarecer é preciso
O advogado de um dos detidos já declarou que o objetivo do seu cliente seria oferecer os dados ao PT.
A direção do partido negou qualquer envolvimento. Até para que não haja suspeitas infundadas e ilações de toda a sorte, urge que os responsáveis sejam todos devidamente identificados e posteriormente punidos nos rigores da lei.
Divulgação
O distinto público também carece de saber como este jornalista (e advogado) americano, Glenn Greenwald, teve acesso às informações obtidas de maneira criminosa. Ele pode e deve divulgar notícias de interesse público e conservar o sigilo da fonte. Desde que estas sejam fidedignas e obtidas de maneira lícita. O mesmo postulado vale também para veículos tradicionais, como Folha de S. Paulo e Veja. Pode-se divulgar supostas notícias obtidas ferindo a lei vigente no país? Obviamente que não.
Irresponsáveis e cúmplices
Não se trata de censura, mas de sim de legalidade, bom senso, equilíbrio e, sobretudo, de responsabilidade. Jornalistas e veículos de comunicação também precisam fazer sua parte e não sair noticiando tudo a torto e a direito, dando voz a criminosos, com informações de origem pra lá de duvidosa, atendendo a possíveis interesses políticos os mais escusos e depois invocar o manto da Constituição. Um pouco de vergonha na cara faz bem, senhoras e senhores!
MDB
Depois de intensa agenda no Meio-Oeste, onde esteve nas companhias dos deputados estaduais Valdir Cobalchini e Romildo Titon, o presidente estadual do MDB, Celso Maldaner, irá às bases do Sul do estado.
Ele estará na região a partir do dia 30. A meta de Maldaner é aumentar dos atuais 100 prefeitos para 120, de 67 vices para 90 e de 847 vereadores para 1.000.
Desgaste
No Sul, um dos assuntos que devem vir à baila, reservadamente, são as ventilações dando conta de que Eduardo Moreira e Luiz Fernando Vampiro estariam desembarcando do Manda Brasa. Vampiro tem circulado com desenvoltura no governo e junto à bancada do PSL na Alesc.
Desempenho
Um dos mais jovens parlamentares da nova safra, o deputado Felipe Estevão, que se assessorou muito bem nas áreas-chave, registre-se, vem se destacando na Assembleia Legislativa. Focado, começa a colher importantes frutos do trabalho, como o anúncio de que faltam cerca de 30 dias para a estadualização do Terminal Pesqueiro de Laguna.
Décadas na mesma
O porto lagunense está desde 1975 sob o comando ou do governo federal ou, mais recentemente, da Companhia Docas de São Paulo, cuja sede fica a 800 quilômetros. A atuação de Estevão foi fundamental nesta conquista para a cidade e toda comunidade pesqueira de Santa Catarina.