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Manchete

Respiradores: R$ 11,2 milhões voltam para os cofres de Santa Catarina

Com decisão da Vara Criminal, recursos serão aplicados em políticas públicas de saúde

Mais R$ 11,2 milhões usados na operação de compra dos respiradores pulmonares já podem ser
aplicados em políticas públicas para os catarinenses. Decisão publicada no início da noite desta
terça-feira (6) pelo juiz Elleston Lissandro Canali, da Vara Criminal da Região Metropolitana da
Comarca da Capital, confirma que o Estado pode ter acesso ao dinheiro, que era mantido em uma
conta judicial.

A decisão desta terça é a manifestação judicial que faltava para que o recurso retorne, de fato, aos
cofres públicos. No início de agosto, pedido apresentado pela Procuradoria-Geral do Estado
(PGE/SC) em Agravo de Instrumento reconheceu o direito de Santa Catarina usufruir de parte dos
mais de R$ 38,1 milhões já bloqueados. A partir de agora, não é necessária mais nenhuma outra
decisão, bastando apenas que o juiz da vara da fazenda expeça o alvará para a transferência dos R$
11,2 milhões.
Somado aos pouco mais de R$ 2 milhões que já haviam sido devolvidos voluntariamente pela
empresa TS Eletronic, o Estado contabiliza mais de R$ 13 milhões recuperados do total de R$ 33
milhões empregados na operação de aquisição dos ventiladores pulmonares que nunca foram
entregues. Para o procurador-geral do Estado, Alisson de Bom de Souza, a decisão demonstra mais
uma vez a importância da ação rápida da PGE/SC no caso. O órgão central de serviços jurídicos de
Santa Catarina atua nele desde 30 de abril de 2020 – menos de 24 horas depois de ter sido acionada
pelo governador do Estado, Carlos Moisés.
– Garantir que os catarinenses tenham seu dinheiro de volta é uma missão importantíssima que foi
conferida à PGE e a liberação de mais esta parte ajuda a reparar o dano sofrido por Santa Catarina,
que foi vítima da operação realizada durante a pandemia. Continuaremos atuando para que tudo o
que foi pago, com as devidas correções monetárias e o ressarcimento pelo dano moral coletivo
causado, volte para ser aplicado naquilo que as pessoas precisam – disse o chefe da Procuradoria.
Busca pelos valores continua
Mesmo após a decisão que viabiliza o retorno imediato de mais R$ 13 milhões aos cofres públicos, o
trabalho pela recuperação do valor integral continua. Por conta da atuação do Governo do Estado via
Procuradoria, a Justiça já determinou o bloqueio de imóveis, participações em empresas e dinheiro,
além da indisponibilidade (restrição de transferência) de veículos que supera os R$ 38,1 milhões.
Outros mais de R$ 10 milhões estão sendo cobrados judicialmente da empresa importadora.
O dinheiro disponibilizado com a decisão desta terça-feira será destinado para novos investimentos

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