Foi por água abaixo o armistício entre o vice-governador Eduardo Moreira (PMDB-D) e o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSDB-E). Desde o ano passado os dois, que são inimigos mortais, estavam tentando manter uma convivência saudável e respeitosa.
Postura que desagradava sobremaneira o PMDB criciumense, base de Moreira. Pressionado, o vice voltou a acionar a metralhadora giratória na direção do alcaide tucano. No fim de semana, Eduardo Moreira criticou Salvaro dura e publicamente. Entre outras coisas, disse que a gestão do prefeito é “demagógica”.
Ou seja, está restabelecida a normalidade entre os dois: uma existência belicosa. Evidentemente que o fim da trégua provoca desdobramentos. Os dois são lideranças de ascensão estadual dentro dos seus respectivos partidos.
Por óbvio, as dificuldades sulistas podem atrapalhar o entendimento entre PMDB e PSDB com vistas ao pleito do ano que vem.
Resgate
Vale lembrar que lá em 2010, quando Paulo Bauer disputou o Senado ao lado de Luiz Henrique da Silveira, com Raimundo Colombo ao governo, Clésio Salvaro apoiou Angela Amin. Não seguiu a orientação partidária. De alguma maneira, a guerra do Sul acaba facilitando entendimentos do PSDB com o PSD do governador e de Gelson Merisio; e com o PP do casal Amin. Vai surgindo uma nova tríplice aliança, o que é negativo para o PMDB.
Dificuldade
Se o contexto partidário não é dos mais favoráveis para o PMDB estadual, um dos seus principais nomes, o prefeito Udo Döhler, passa por um bom momento. Durou apenas um dia a greve do funcionalismo municipal, em Joinville. A celeridade do acordo é favorável politicamente ao prefeito. Udo é o nome defendido por Eduardo Moreira para a cabeça de chapa no ano que vem.
No governo
Depois de seis horas de discussão e com o partido absolutamente rachado, o PSDB decidiu permanecer com os quatro ministérios e demais cargos no governo de Michel Temer. Senador Paulo Bauer argumentou. “Não estamos no governo, não estamos com o Temer, estamos pelo Brasil. Nossa posição é essa. Ajudar na governabilidade”.
Água e óleo
Bauer arrematou dizendo que se o partido fosse para a oposição, significaria que deputados e senadores tucanos iriam para o plenário votar com o PT. “Isso não vai acontecer jamais”.
Sensibilização
Os ministros da Integração, Helder Barbalho, e do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, visitaram, nesta segunda-feira, as regiões mais afetadas pela chuva da semana passada. Desembarcaram em Lages e, de lá, sobrevoaram com o governador Raimundo Colombo as áreas atingidas.
Pé do ouvido
Em terra, o deputado estadual lageano Gabriel Ribeiro (PSD) teve rápido contato com o ministro Barbalho, a quem reafirmou a necessidade de ajuda federal às cidades que tiveram perdas com a chuvarada.
Prejuízos
Somente a Secretaria de Agricultura está calculando em quase R$ 20 milhões nas duas semanas de chuva que assolaram Santa Catarina. As safrinhas de milho e feijão foram bastante comprometidas. As regiões mais atingidas foram o Oeste, Extremo Oeste, Sul e Rio do Sul. Pela quantidade de chuva, os sistemas de defesa mostraram eficiência. Mas ainda há um bom caminho a percorrer quando o assunto é prevenção.