Até 2020, os Tribunais Regionais Eleitorais tinham o protagonismo na apuração dos votos eleitorais. Havia até uma competição saudável entre os TRE’s para saber quem divulgava antes os resultados.
Santa Catarina tinha a tradição de ser a número um neste quesito no país. Mais recentemente, disputava palmo a palmo esta condição com o TRE do Paraná.
Agora resolveram, sob alegação de diminuir custos, centralizar tudo em Brasília, gerando o colapso no sistema, como se viu.
Houve estados que terminaram a apuração lá pela meia-noite de domingo, um retrocesso inaceitável.
Aí vem o presidente do TSE, Luiz Roberto Barroso, declarar que foi só um pequeno percalço. Haja paciência, eleitor.
Ninguém aqui está a defender o fim da urna eletrônica, mas este tipo de situação alimenta dúvidas e carece esclarecimentos mais precisos. Foi uma vergonha o que aconteceu após o fechamento das urnas no domingo.
NOME E SOBRENOME
Texto e informações do Portal O Antagonista
“A decisão de centralizar a totalização de votos no TSE foi tomada na gestão de Rosa Weber, antecessora de Luís Roberto Barroso na Presidência do tribunal. Antes, a soma dos votos era feita por 27 supercomputadores nos TREs, com outras 27 máquinas de backup para emergências.
Rosa avaliou que o custo para manter o sistema era alto demais e não renovou os contratos. O Antagonista solicitou dados oficiais do TSE sobre os custos e também quais avaliações foram usadas pela ministra para tomar sua decisão.
Como justificou há pouco Barroso, a demora inédita na soma e divulgação dos votos pelo TSE decorre da sobrecarga de dados. A mudança de procedimento foi feita sem o planejamento de um sistema de contingência para emergências do gênero.