Notícias

Reunião define prioridades do setor mobiliário no Oeste

 Internacionalizar a indústria, definir inovação de design como pauta estratégica para entrar em novos mercados, melhorar a escolaridade dos trabalhadores e defender a NR 10 e NR 12 para que atendam as necessidades do setor foram algumas das prioridades para a região Oeste definidas em reunião da Câmara de Desenvolvimento da Indústria do Mobiliário da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC). O encontro ocorreu em Chapecó nessa semana e reuniu lideranças e empresários do setor de madeira e móveis da região.

            O presidente da Câmara, Arnaldo Huebl, informou que serão realizadas três reuniões no Estado para apresentar o trabalho que o órgão vem desenvolvendo e para ouvir as necessidades do setor. “Essas prioridades farão parte da agenda da FIESC”, frisou. A primeira reunião ocorreu em São Bento do Sul e a próxima será em Caçador.

            De acordo com Huebl, entre as necessidades do segmento estão a resolução de problemas vinculados à NR 12, ao meio ambiente e a logística em portos. Em Chapecó, outras prioridades discutidas na reunião foram questões tributárias e ampliar a articulação das indústrias com os parlamentares federais e estaduais no debate dos temas de interesse do segmento.

            De janeiro a maio deste ano o setor de móveis e madeiras gerou 2.310 empregos em Santa Catarina. Desse total, 1.113 em médias empresas, 722 em pequenas, 277 em grandes e 198 em micro empresas. Somente em Chapecó, o saldo foi de 73 empregos, sendo 51 em pequenas e 22 em micro empresas.

No encontro também houve explanação sobre o panorama econômico do setor de móveis e madeira por Luciane Camilotti, do Observatório da Indústria, e apresentação das ações da Câmara do Mobiliário pelo coordenador do Observatório da Indústria, Sidnei Manoel Rodrigues. Manifestaram-se também Gustavo Seleme (da diretoria jurídica da FIESC), Leonardo Costa (Assessoria de Desenvolvimento Associativo), Felipe Sene (Unidade de Competitividade Industrial) e Arturo Deambrosis (Centro Internacional de Negócios).

            O vice-presidente Regional Oeste da FIESC, Waldemar Schmitz, destacou que o segmento é um importante polo econômico da região. “As reuniões descentralizadas da Câmara são fundamentais para discutir as necessidades do setor e fazer com que elas cheguem aos órgãos competentes. Para isso, é necessária a participação das empresas, para que façam suas reivindicações à FIESC que possui departamentos fortes e atuantes na defesa do fortalecimento da indústria do Estado”, salientou.

Waldemar Schmitz destacou que o segmento é um importante polo econômico da região

            SIMOVALE

            O Sindicato da Indústria Madeireira e Moveleira do Vale do Uruguai (Simovale) entregou um ofício, assinado pelo presidente Osni Carlos Verona, diretor executivo Leonel Felipe Beckert e assessor jurídico Alceu Luís Scapin, ao vice-presidente Regional Oeste da FIESC e ao presidente da Câmara de Desenvolvimento da Indústria do Mobiliário. “Solicitamos apoio para interceder junto aos órgãos públicos e governamentais para promover melhorias na infraestrutura rodoviária, na BR-282 e adjacentes, para o escoamento dos produtos industrializados, tendo em vista a representatividade do setor de móveis e madeiras na região”, enfatizou Verona.

            O documento solicita também contribuição da FIESC para avaliar o entendimento aplicado pelo Ministério do Trabalho com relação ao percentual das necessidades das empresas contratarem menores aprendizes, levando em consideração a falta de atendimento regional de cursos profissionalizantes na área específica, e para intensificar o atendimento da Câmara com novas audiências e reuniões para levantamento das demandas da região, com um período no mínimo semestral.

            A pauta de reinvindicações do Oeste foi construída com participação de empresários da região, juntamente com o ofício entregue pelo Simovale. “Entendemos que é de suma importância essas reuniões descentralizadas para levantar as demandas do segmento, munindo a Federação de informações para buscarmos desenvolver uma indústria forte, participativa e focada nos assuntos que estão diretamente ligados ao nosso setor”, frisou Beckert.

O presidente do Simovale acrescentou que outro fator que merece atenção é o incentivo e subsídio às empresas montadoras de tratores e colheitadeiras no Oeste para diminuir o custo de logística do escoamento da produção para os grandes centros. “Hoje nossa produção vai com fretes caríssimos para os grandes centros e retorna com frete abaixo dos valores aplicados, sendo que as empresas acabam pagando essa diferença embutida nos fretes de ida”, explanou Verona.

Sair da versão mobile