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Rio do Sul: a eleição que ainda não acabou

Apesar de conquistar a reeleição com 38% dos votos válidos, o prefeito de Rio do Sul, José Thomé (PSD – foto), ainda precisa legitimar o atual mandato na justiça para garantir que os próximos 4 anos sejam mais tranquilos. Eleito pelo PSDB em 2016, a chapa Thomé e Paulo Cunha (PSD) foi cassada em 20 de setembro de 2017, pelo crime de Caixa 2, em sentença do juiz de primeira instância, Rodrigo Tavares Martins, da 26ª Zona Eleitoral.
Ao recorrer ao TRE, a defesa de Thomé não questionou o grande número de provas obtidas na investigação, mas a validade do inquérito policial, onde interceptações telefônicas identificaram a participação do deputado estadual Milton Hobus (PSD) no esquema. O parlamentar é padrinho político de Thomé.
Com a absolvição dos réus pelo TRE, frente ao foro privilegiado do deputado, o Ministério Público Eleitoral recorreu ao TSE que determinou, por unanimidade, o retorno do processo a corte regional e a análise do mérito, dando validade ao grande número de provas.
O teto para gastos na eleição majoritária em Rio do Sul é de pouco mais de 200 mil reais. Porém, em provas obtidas pela Polícia Civil foram encontradas tabelas que previam gastos superiores a R$ 800 mil.
Com esta indefinição, não se descarta a realização de novas eleições na capital do Alto Vale do Itajaí logo no primeiro semestre de 2021. Neste cenário, desponta o candidato Jaime Pasqualini (PODE), que obteve quase 30% dos votos válidos em uma eleição com cinco candidaturas, mas sem segundo turno. Pasqualini, que foi ex-Reitor da Unidavi, alcançou a expressiva votação sem composições partidárias, sem eleger um vereador da nominata do Podemos e com uma candidata a vice-prefeita sem nenhum enraizamento na política local, o que mostra o surgimento de uma nova liderança política no Alto Vale do Itajaí.

foto>divulgação

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