Depois de mais de 17 horas da já histórica sessão ordinária do Tribunal Especial do impeachment que julgou a admissibilidade da denúncia contra Moisés da Silva e Daniela Reinehr por crime de responsabilidade no aumento salarial concedido aos Procuradores do Estado, chegou-se a um final eletrizante. Consumado o o afastamento do governador por até 180 dias a partir dos votos do desembargador Luiz Felipe Schuch e do deputado Láercio Schuster, o placar foi de 6 a 4 contra Moisés.
Antes disso, de forma surpreendente, o deputado Sargento Lima proferiu um voto, digamos, salomônico, aceitando a denúncia em relação ao governador, mas isentando a vice-governadora. A partir da manobra de Lima, após o voto final do plenário, que coube a Schuster, o placar do impeachment para Daniela ficou em cinco a cinco.
Conforme o rito estabelecido pelo processo, o voto de minerva (desempate) teria que ser dado pelo presidente do colegiado, desembargador Ricardo Roesler. Que considerou muito frágeis as argumentações contra a vice, agora governadora interina, que teve “efêmera” passagem pelo governo no começo do ano. Rosler repetiu efêmera passagem várias vezes. E não aceitou a denúncia contra ela, estabelecendo assim a governança interina de Daniela Reinehr a partir de agora.
foto>Rodolfo Espínola, Ag. Alesc