A maioria das ocorrências estava relacionada com produtos diversos (pneus, bebidas, tecidos, etc), o equivalente a 13 somente em 2021. No ranking, o segundo tipo de carga mais visado é o de alimentos (9) seguido do ferroso (bobinas de aço, ferro de construção civil, bobinas de máquinas) (6).
Via de regra, segundo a Delegacia de Furtos e Roubos de Cargas (DFRC/DEIC), estas ocorrências acontecem às terças-feiras, com maior concentração nos períodos de tarde e noite. Na maioria dos casos, inclusive, há uso de arma de fogo e restrição de liberdade e envolvem caminhões de empresas ao invés de próprios e a minoria deles está segurado.
O cenário que não mudou foi das regiões com maior concentração de ocorrências. De acordo com a DFRC, em 2021 a maioria foi no Norte/Nordeste (5), seguido do Vale do Itajaí (4), Serra (3), Alto Vale (2) e Tubarão (2), além da Grande Florianópolis (1), Carbonífera (1) e Oeste (1).
O cenário positivo, após ter o equivalente a quase duas ocorrências por dia, foi fruto de um trabalho conjunto, entre a iniciativa priva, por meio do Sistema Fetrancesc, e o setor público, com a Secretaria de Segurança Pública, Assembleia Legislativa e demais pastas do Poder Executivo.
Começou com a promulgação, pela Alesc, da Lei 17.405/2017, que cassa a inscrição estadual de empresas receptadoras de carga roubada. Em seguida veio a criação da Delegacia de Furtos e Roubos de Cargas (DFRC/DEIC). Na sequência foram doadas três viaturas 0km, um celular e um drone, bem como curso para operar o equipamento.
O delegado da DFRC/DEIC, Osnei de Oliveira, explica que o trabalho de investigação possibilita atingir a todos os tentáculos das organizações criminosas, além da descapitalização, já que a retirada do capital financeiro é fundamental para a desestabilização destes organismos criminosos. O resultado do trabalho, segundo o delegado, foi reforçado pela atuação do ex-presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli, junto ao então vice-presidente, Dagnor Schneider, agora na liderança da entidade