Manchete

Sábado vermelho

Neste sábado vai ocorrer o ato de lançamento da candidatura de Lula da Silva à presidência da República, tendo como vice o ex-tucano Geraldo Alckmin (PSB).
O PT e os partidos próximos estão em polvorosa. O ex-mito vem dando sinais claríssimos de que está absolutamente fora de controle. Das duas, uma. Ou se encontra frequentemente sob influência de alguma substância ou então já está com dificuldades de raciocínio em função da idade.
Neste período de pré-campanha, o ex-presidiário tem superado qualquer expectativa até mesmo do mais ferrenho bolsonarista. É um verdadeiro festival de impropérios e bobagens sem fim.
O petista tem se transformado no maior cabo eleitoral de Jair Bolsonaro.

Alma canhota

Para Lula, temos uma elite que escraviza, uma classe média “folgada” (que vive com mais do que precisa), precisamos de moeda única na América Latina, temos que legalizar o aborto; a guerra na Europa, na visão dele, tem dois culpados: Putin e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Sob a ótica da divindade petista, deputados devem ser importunados, com suas famílias, por militantes lulofanáticos, e por aí vai. A lista já dá um livro!

Batendo cabeça

O ex-lulinha paz e amor calado, é um poeta perfeito. O que se observa neste momento é o que o PT não sabe direito o que fazer. Algo terão que fazer.

Palanque

O comício antecipado deste sábado faz parte. A Justiça Eleitoral certamente não vai importunar o petista. Mas o que vai valer mesmo para o pleito serão as convenções homologatórias entre 20 de julho e 5 de agosto.

Script

Para o ato deste dia 7, os marqueteiros e assessores estão preparando um discurso para ser lido em teleprompter. O petista, como se sabe, não é afeito a leituras e poderia ter dificuldade para ler um discurso.
Só o que não pode acontecer, na visão do círculo próximo de Lula da Silva, é ele falar de improviso nesta data emblemática.

Sem alternativas

Ocorre, contudo, que não há muitas alternativas sob a perspectiva petista. O partido perdeu a oportunidade de apoiar Ciro Gomes (PDT) em 2018, quando o ex-mito estava preso. Imaginem agora em 2022, ainda mais considerando-se que o cearense está com a metralhadora giratória disparando toda sorte de petardos na direção do ex-sindicalista. Essa hipótese não existe.

Dois vermelhos

Sobram, portanto, o baiano Jacques Wagner, que está fora da disputa regional este ano e compõe a coordenação da campanha vermelha, e o próprio Fernando Haddad. O paulista vem encontrando muita dificuldade para acertar os ponteiros com Márcio França, do PSB.

Palatável

Este aspecto torna o nome de Haddad, sob o viés do contexto da esquerda, uma alternativa interessante. Se em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, segundo e terceiro colégios eleitorais, o PT não tem candidato ao governo e luta para emplacar um candidato a senador, em São Paulo são dois cabeças de chapa. Um do PT e o outro do PSB, partido de Geraldo Alckmin.

Replay

Se Lula não disputar, algo bastante provável, sobram estas alternativas: Wagner ou Haddad, que seria o repeteco de 2018.

Incógnita

Como ficaria, contudo, Geraldo Alckmin neste cenário? Permaneceria candidato a vice?
Lula da Silva, na situação em que se encontra, é praticamente inviável como cabeça de chapa. O descontrole é tamanho que a área de comunicação do PT está dividida. Já trocaram o marqueteiro e o chefe da comunicação ainda não foi escolhido. A conferir os desdobramentos!

foto>João Gabriel Alves/Enquadrar/Estadão Conteúdo – 29/03/2022Em entrevista à revista Time, Lula equiparou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o líder russo Vladimir Putin

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