Segue repercutindo a eleição da deputado federal Geovania de Sá à presidência do PSDB catarinense. Eleita por unanimidade, ela foi absolutamente respaldada pelo governador paulista e presidenciável, João Doria; e pelo presidente nacional do tucanato, Bruno Araújo, que está na função por indicação do próprio Doria.
Já registramos aqui estranheza causada pela ausência do deputado Marcos Vieira na convenção. O PSDB tem uma deputada federal, Geovania, e dois estaduais, Vicente Caropreso, muito descontente com o partido, mas estava lá; e Vieira. Tucanos históricos, como o ex-governador e ex-senador Leonel Pavan, e o ex-senador Paulo Bauer, compareceram.
No entanto, o outro estadual da sigla, Marcos Vieira, não deu o ar da graça no evento partidário. Também registrou-se baixo quórum de prefeitos e membros do diretório antigo. Aproximadamente um terço de mandatários e dirigentes apareceram.
Transpareceu que Vieira liderou movimento para tentar esvaziar a convenção do PSDB.
Faltou coragem
Ora, o deputado Marcos Vieira já presidiu o partido. Gosta de dizer que é um tucano de cruz na testa, mas daí não comparece à convenção que escolhe um presidente de diretório estadual? Obviamente que ele estava em desacordo com a escolha de Geovania para o comando do ninho catarinense. A deputada ascendeu interinamente à presidência após a partida precoce do ex-deputado Marco Tebaldi, de saudosa memória. Mas agora foi eleita para um mandato. Por que Marcos Vieira não colocou seu nome para disputar contra ela?
Desafio enorme
O parlamentar não se apresentou porque não quis enfrentar João Doria e Bruno Araújo. Aí, por falta de coragem, tentou esvaziar o evento. Sem sombra de dúvidas, Marcos Vieira perdeu a oportunidade de tomar uma atitude mais altiva, até pelo tamanho do desafio que Geovania tem pela frente. Ela assume o partido depois de uma estrondosa derrota em 2018 e precisa preparar a sigla rapidamente para o pleito municipal de 2020.