Não foi por acaso que Michel Temer escalou os galáticos da economia brasileira para comandar a Fazenda e todo o todo o setor em seu governo (ainda interino). Nas demais pastas, o peemedebista cedeu, salvo algumas exceções, como José Serra, ao fisiologismo rasteiro no balcão de negócios varejistas a que se reduziu o Congresso Nacional.
Ao escalar Romero Jucá para o Planejamento, ministério que precisa atuar em sintonia com a equipe econômica, Temer acenou para o PMDB do Senado. Para fazer um contraponto ao desafeto Renan Calheiros. Se deu mal logo de cara. O blog registrou várias vezes, antes mesmo da posse, que era uma “temeridade” destacar Jucá, investigado pela Lava Jato, para o primeiro escalão. Ainda mais em uma pasta de proa. A revelação das gravações em que o notório peemedebista sugere um pacto do poder para deter Sérgio Moro e os investigadores da PF e do Ministério Público Federal era um desastre anunciado.
Sai, Jucá
Se não demitir o correligionário, Michel Temer vai, inevitavelmente, carimbar seu incipiente governo como apenas “mais do mesmo.” É notório que o mandatário está apostando todas as fichas na recuperação econômica sob a batuta do capitão Henrique Meirelles. Mas não há justificativa, nem política nem financeira, para a permanência do enrolado Jucá na esplanada.
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