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Saia justa no PSD

O compromisso eleitoral firmado entre o PSD com o Novo vai deixar pelo menos dois deputados estaduais do PSD em situação embaraçosa. A sigla tem uma bancada de três parlamentares na Alesc. Julio Garcia é quem pilotou a negociação.

Os outros dois vão ter que rebolar. Napoleão Bernardes, em Blumenau, terá que apoiar a chapa Odair Tramontin/Denise dos Santos.
Ocorre, contudo, que a história política dele está ligada ao prefeito Mário Hildebrandt.

E olha que Napoleão, que renunciou na metade do segundo mandato justamente em favor do atual alcaide blumenauense, já fez votação baixa na cidade em 2022. Conquistou pouco mais de 16 mil sufrágios.

E agora vai apoiar Tramontin? A conferir como eleitorado vai reagir. A foto dele com Odair Tramontin, Adriano Silva e próceres do PSD será amplamente explorada na campanha que se aproxima.

Sem contar que várias lideranças que apoiaram Napoleão Bernardes em 2022 disputarão o próximo pleito estadual.

Dois exemplos emblemáticos: André Moser, prefeito de Indaial que acaba de assinar ficha no PL; e Arão Josino, prefeito de Ascurra, mandatário que saiu do PSD e abrigou-se no Novo.

Estes dois serão candidatos a deputado em 2026, enfraquecendo a base de apoio do parlamentar blumenauense.

Outro que ficou numa saia justa é Mário Motta.

O deputado filiou-se ao PSD pelas mãos do ex-governador Raimundo Colombo e do prefeito Antônio Ceron. Dois políticos em fim de carreira.

Quando Mário Motta chegou a Santa Catarina, ele buscou endereço em Lages. Como será para ele a campanha de 2024? Quem o PSD vai lançar candidato a prefeito da maior cidade da Serra? Ninguém, o PSD está destroçado ali.

Raimundo Colombo hoje não se elegeria prefeito da cidade que administrou em três oportunidades.

Ceron chegou a ser preso e é carta fora do baralho.

O nome natural na Serra é o da secretaria Carmen Zanotto. Em 2020 ela não chegou à prefeitura por 56 votos.

Por fim, dos dois federais do PSD, um, Ismael dos Santos,  está com a vida acertada pois a esposa será aproveitada em Blumenau.

Já Ricardo Guidi, deputado federal reeleito, foi rifado por Julio Garcia, que buscou outro encaminhamento em Criciúma. A maior cidade do Sul é a base política dos dois.

A situação chegou a tal ponto que Guidi aceitou o convite para assumir uma secretaria no governo Jorginho Mello.

Movimentação que serve de alerta para os demais pessedistas.

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