Uma das poucas coisas que une o país é a Seleção Brasileira. Mesmo que seja num contexto conjuntural, momentâneo, assim como a alegria pelo Carnaval e a Língua Portuguesa, estes são os três pontos que basicamente unem o Brasil. Evidentemente que isso não resolve absolutamente nada do ponto de vista político e econômico. Mas um bom desempenho do Brasil na Copa pode ajudar a melhorar o clima no país. Claro que tem aqueles que mais à esquerda que estão torcendo para que o Brasil perca, imaginando que eles teriam alguma força extra para voltar ao poder.
Assim como na Copa de 1970, com o ex-presidente Emilio Garrastazu Médici, de radinho na orelha, influenciando na convocação e até na composição da comissão técnica, houve aqueles que disseram, enganosamente, que depois do êxito do time brasileiro, a revolução militar “não acabaria mais.” Antes da Copa, o presidente fez de tudo para que Dario Maravilha fosse convocado. As digitais dele também estão na queda de João Saldanha do cargo de técnico, abrindo espaço para a chegada de Zagallo.
Mas na verdade, o desempenho da equipe na histórica Copa não mudou nada na política e na economia. O regime militar começou a ruir já em 1973, com a crise do petróleo.
Então, não passam de balelas essas tentativas de associar o desempenho do escrete canarinho em Copa do Mundo com o quadro político. Este ano, mais uma vez, os números do time em campo não vão alterar em absolutamente nada a situação de Michel Temer e do MDB com vistas ao pleito de outubro. Por outro, se o time conquistar o caneco, haverá aumento da auto-estima entre a população. Isso parece líquido e certo.
Brinde no Sul
O governador Eduardo Pinho Moreira segue fazendo movimentos para atrair o PSDB, o que poderia viabilizar seu projeto reeleitoral. No sábado, durante evento em Nova Veneza, o emedebista e o senador Paulo Bauer, pré-candidato tucano ao governo, brindaram publicamente. Os sorrisos saíram meio amarelados, mas saíram.
Dia D
Nesta segunda-feira, 18, os dois partidos têm reuniões importantes. No MDB, se esgota o prazo para que se chegue ao consenso em relação ao nome do partido. Se o próprio Moreira ou o presidente estadual e deputado federal, Mauro Mariani.
Apoio de Salvaro
No ninho tucano, há um grupo que tenta conduzir a legenda para nova aliança com os emedebistas, tentando escantear Paulo Bauer, o que não será tarefa fácil. Durante o fim de semana, o prefeito tucano de Criciúma, base política do governador, reforçou publicamente que o PSDB terá candidato ao governo e que o nome é o de Paulo Bauer.
Pena máxima
O Órgão Especial do Tribunal de Justiça, em sessão extraordinária na sexta-feira e que durou mais de seis horas, condenou o desembargador Eduardo Mattos Gallo Júnior à aposentadoria compulsória, penalidade máxima prevista na Lei da Organização da Magistratura Nacional (Loman) para desvios de caráter administrativo. Gallo respondia por quatro infrações – desde violência doméstica até assessoria jurídica de partes – que, no conjunto, foram considerados comportamentos antiéticos e violadores dos princípios do decoro.