Por Antídio Aleixo Lunelli
Deputado estadual
Em tempos em que tantos ainda insistem em pregar a dependência do Estado como solução para os problemas sociais do Brasil, Santa Catarina segue trilhando o caminho oposto — e colhendo resultados concretos.
O mais recente levantamento do IBGE, apresentado pelo Instituto Insper, mostra aquilo que os catarinenses já sentem no dia a dia: vivemos em um estado que respeita quem trabalha, empreende e busca oportunidades. Enquanto a média nacional da população em situação de pobreza é de 16%, em Santa Catarina esse número cai para 4,2%. Na extrema pobreza, estão 1,8% da população do nosso estado, contra 5,5% na média nacional.
Esses números não são fruto do acaso. São resultado de uma cultura de trabalho, esforço e responsabilidade fiscal. Aqui, o empreendedorismo é incentivado. O poder público não atrapalha quem quer produzir — ao contrário, apoia com ações práticas, como programas de capacitação, ensino técnico, incentivo ao primeiro emprego, e estímulo à geração de vagas formais.
Só em 2024, Santa Catarina criou 106 mil empregos com carteira assinada. Nossa taxa de desemprego é a menor dos últimos dez anos, ficando em 2,7%. Isso significa mais dignidade para as famílias, mais arrecadação para o Estado e menos dependência de programas assistencialistas.
O Bolsa Família, aliás, deve ser um apoio temporário, não um projeto de vida, e deve atender quem realmente precisa, com muito critério. Ou estamos fazendo com que aqueles que trabalham paguem o salário daqueles que preferem ficar em casa. Isso não é justiça social. O apoio social deve ser direcionado a quem realmente precisa, mas sempre com foco na autonomia e na inclusão produtiva.
Políticas públicas que transformam a realidade das pessoas não criam dependência, criam oportunidades. E é justamente por isso que Santa Catarina é referência: aqui nossa cultura de empreendedorismo, inovação, trabalho sério e responsabilidade social faz toda a diferença.
Ainda temos, contudo, enormes desafios; na nossa infraestrutura, na necessidade de modernizarmos a educação, melhorarmos a estrutura das nossas escolas, ampliarmos o acesso aos serviços de saúde.
Mas é justamente com essa base sólida — de responsabilidade fiscal, valorização do trabalho e incentivo ao empreendedorismo — que enfrentaremos esses desafios. Não há atalhos: o caminho para um estado mais justo e desenvolvido passa pelo fortalecimento da iniciativa privada, por governos que façam mais com menos e por uma sociedade que continue acreditando no mérito e na liberdade.
Santa Catarina mostra que é possível, sim, crescer com responsabilidade e dignidade. E seguiremos nesse caminho, provando que o Brasil tem jeito — basta coragem para fazer diferente e compromisso com aquilo que realmente transforma a vida das pessoas.
