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São José tem primeiro trimestre positivo, avalia AEMFLO e CDL-SJ

A AEMFLO e a CDL de São José levantaram dados referentes aos primeiros meses de 2024 e indicadores de atividade econômica do município e da região da Grande Florianópolis e acabam de lançar o Anuário Estatístico e a primeira edição do Boletim Econômico de São José. As entidades avaliam que os primeiros meses são vistos de forma positiva até este momento de 2024. Segundo o economista Leonardo Alonso Rodrigues, dos oito indicadores levantados e mapeados no boletim, seis deles tiveram variação positiva. A publicação conta com indicadores estratégicos selecionados por tema como demografia, economia, educação e inovação, indicadores sociais e infraestrutura e habitação. Os dados estão disponíveis no site oficial das entidades.

O economista explica que o ano começou de forma positiva para a economia brasileira, estadual e regional, com sinais promissores de atividade econômica e a melhora em indicadores macroeconômicos relevantes. “Isso se traduz em resultados positivos tanto para a Grande Florianópolis quanto para
São José, indicando uma tendência de melhora no ambiente econômico da região. É de fundamental importância continuar
monitorando, acompanhando e analisando os desdobramentos dos próximos meses para embasar decisões mais assertivas, tanto do setor público quanto privado”, explica.

O presidente da AEMFLO e CDL de São José, Gilberto Rech, explicou que as entidades buscaram compilar os dados para dar ajudar os empresários. “A ideia é ter dados compilados e analisados para amparar e ajudar empresários na tomada de decisões, e colocar a AEMFLO e CDL de São José como referências ainda mais fortes quando os assuntos são a cidade e sua infraestrutura”.

A secretária de Desenvolvimento Econômico e Inovação de São José, Suzana Senna Bousfield, destacou que os números apresentados são bem expressivos. “A análise é importante e mostra a pujança do nosso município e o potencial de crescimento que temos”.

Segundos os dados levantados, o município obteve um saldo de 1.352 novas empresas. Uma variação de -5,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, onde São José obteve um saldo de 1.433 novos CNPJs. Já no número de empregos formais, entre janeiro e março de 2024, São José registrou um saldo positivo de 1.580 novos empregos. Em relação ao primeiro trimestre de 2023, que foi gerado um saldo positivo de 592 postos de trabalho, a variação
percentual foi então de 166,9%. Segundo o economista, o mercado de trabalho tem mostrado uma notável dinâmica, com criação líquida de empregos e aumento real dos salários. “Isso tem impulsionado o crescimento do consumo e reativado setores anteriormente estagnados, como a indústria. Esses fatores combinados têm gerado impactos positivos diretos, refletindo na economia como um todo”. Segundo Rodrigues, a indústria é a grande propulsora de empregos no primeiro trimestre em São José.

Energia Elétrica
No consumo de energia elétrica, São José registrou 203.144 MWh de consumo no primeiro trimestre de 2024, um crescimento de
4,8% frente ao mesmo período de ano de 2023, onde o consumo foi de 192.841 MWh.

Acesso ao crédito
As operações de crédito e financiamentos imobiliários também cresceram. Em fevereiro de 2024, o saldo total da carteira de
crédito no município chegou a R$ 4,22 bilhões e de financiamentos imobiliários a R$ 2,60 bilhões. “O crescimento em relação a
fevereiro de 2023 foi de 7,8% e 11,7% respectivamente, já descontando os efeitos inflacionários”.

Frota de veículos
Em março de 2024, a frota total de veículos chegou ao número de 199.672 em São José. O crescimento da frota foi de 4,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Comércio Exterior
No comércio exterior, as exportações do município foram de US$ 8,1 milhões no primeiro trimestre de 2024. O valor é inferior em 11,4% frente ao mesmo trimestre de 2023. As importações somaram US$ 256,5 milhões no primeiro trimestre de 2024. Um incremento de 1% em relação ao mesmo período de 2023.

Inflação
Vários indicadores apontam para uma evolução positiva no cenário macroeconômico, indicando uma trajetória favorável para a economia de São José e região. Segundo o economista, a inflação, que era um dos principais desafios enfrentados não apenas no Brasil, mas globalmente, e exige a manutenção da taxa básica de juros (SELIC) em níveis elevados, tem demonstrado recentemente uma tendência de melhora. O IPCA, índice de referência para a inflação brasileira, registrou uma taxa acumulada de 3,93% nos últimos 12 meses até março de 2024, em contraste com o
pico mais recente em abril de 2022, que atingiu 12,13%. Essa melhoria também permitiu ao Banco Central iniciar a redução das taxas de juros, atualmente em 10,75% ao ano, com projeções de mercado apontando para uma taxa de 9% ao ano até o final de 2024.

Leonardo explica que ainda é prematuro afirmar que esse cenário se manterá ao longo de
2024, devido à persistência de grandes incertezas, tanto no âmbito político quanto econômico. No que diz respeito à economia brasileira, a principal preocupação são as contas públicas. “Em 2023, fechamos com um déficit primário de R$ 230 bilhões (-2,3% do PIB), e as metas fiscais foram recentemente revisadas para baixo, indicando um ambiente mais desafiador nesse aspecto”. No cenário internacional, os conflitos geopolíticos em andamento representam um importante fator de risco. “Embora a inflação nos países centrais estejam apresentando sinais de melhora, ainda não atingiu níveis que permitam uma redução
generalizada das taxas de juros, o que pode afetar negativamente o estímulo ao crescimento econômico”.

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