Coluna do dia

SC a ver navios

Lamentável, quase patética, a passagem da competente ministra da Agricultura, Tereza Cristina, pelo Oeste do Estado esta semana.
Ela está fazendo roteiro pelo Codeul (SC, PR, RS e MS), regiões muito castigadas pela dura estiagem que assola o setor agrícola.
A ministra é do ramo. É do agro. Foi recebida em Chapecó por um grande contingente político e empresarial. Além de agricultores.
Todo mundo na expectativa de que ela fizesse anúncios de ajuda concreta ao campo. Nada disso. Ficou só no discurso.
Exatamente como faz o chefe dela quando vem ao estado. Enquanto o governo do estado destinou R$ 350 milhões a partir de 2021 para situações emergenciais como essas, o governo federal não mandou um centavo até agora para socorrer quem trabalha e produz.
Em seu discurso, a ministra culpou São Pedro pela grave situação da estiagem. E foi aplaudida de pé. O que só reforça a convicção de que a centralização financeiro-administrativa deste país em Brasília é cruel, injusta e absolutamente contraproducente.
E as demandas indispensáveis para SC, como ficam?

 

PTB com Bolsonaro

A catarinense Graciela Nienow, que sucedeu Roberto Jefferson no comando do PTB nacional, esteve com Jair Bolsonaro nesta semana.
O partido pode ser o quarto a estar com o presidente no projeto de reeleição. A dirigente, no entanto, quer reforçar as fileiras petebistas como moeda de troca. A legenda hoje tem 10 deputados federais. Com a janela de março, o número deve cair para um ou dois, no máximo.

 

Nomes

Graciela Nienow quer abrigar em seu partido uma parte do espólio do PSL, que está em processo de fusão com o DEM.
Em Santa Catarina, o PSL tem quatro federais. Apenas um, Fábio Schiochet, vai permanecer.
Daniel Freitas, Caroline de Toni e Coronel Armando vão buscar abrigo em outros endereços. O PTB pode ser uma opção. A conferir.

 

Jacques presidente

O senador Jacques Wagner, ex-governador da Bahia, deve ser o candidato do PT à presidência. O colunista reafirma que não acredita na candidatura de Lula da Silva. Fernando Haddad, que foi o poste da divindade petista em 2018, será o nome do partido em São Paulo.

 

Companheiro

Wagner é muito próximo a Lula da Silva. Aliás, o ex-mito, muito esperto, já neutralizou Geraldo Alckmin em São Paulo. O ex-tucano caiu como um patinho na armadilha vermelha. O PT não vai abrir mão a candidatura de Haddad em São Paulo.
Se Alckmin quiser disputar em seu estado, já chegará enfraquecido. O PT não está dando a menor bola para ele. O ex-governador queimou o filme, manchou sua biografia e virou um zumbi político.

 

Reforma e estatização

Cardeais petistas estão falando grosso em revogar a reforma trabalhista, voltar a estatizar este país, inclusive em áreas onde a privatização está consolidada, e fulminar o teto de gastos.
Estes três pontos foram sustentáculos políticos de Alckmin durante sua carreira. Quem diria, um político tão experiente, acabar desta forma vergonhosa.

 

Oásis

“Em linhas gerais, a arrecadação catarinense foi muito boa em 2021. A economia de Santa Catarina está totalmente descolada da economia do Brasil. O Estado cresceu praticamente 10% em 2021 (PIB) e o nosso índice de desemprego está em 5,3%, descolando da nossa própria média histórica, que girava em torno de 6% e 7%. Estamos muito bem na geração de emprego, atraindo investimentos, com consumo em alta, numa posição de destaque na comparação com o restante do País.” José Antônio Farenzena, presidente do Sindifisco.

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