Liderada pela FIESC, a iniciativa conta com a presença de 23 indústrias que participam de rodadas de negócios com empresas chilenas, em Santiago. Presidente Mario Aguiar e o governador Jorginho Mello mostraram o potencial de SC para avançar no comércio e nos investimentos com o país vizinho
O SC Day Chile marca uma nova fase no comércio e na cooperação entre Santa Catarina e o país vizinho, avalia o presidente da Federação das Indústrias (FIESC), Mario Cezar de Aguiar. A iniciativa promove a aproximação entre 23 indústrias catarinenses e representantes de empresas chilenas durante o evento, que se iniciou nesta segunda-feira, dia 18, em Santiago, e segue até esta quarta, dia 20, com a participação de lideranças empresariais e políticas, entre elas, o governador Jorginho Mello, e representantes da Sofofa (Federação das Indústrias do Chile), parceira da FIESC no SC Day.
Em apresentação a lideranças chilenas na manhã desta terça-feira, Aguiar demonstrou os pontos que Santa Catarina e o Chile têm em comum, como: economia globalizada, proximidade geográfica, relação bilateral histórica e infraestrutura portuária. “O SC Day é uma experiência inovadora da FIESC, focada no aumento do comércio com o Chile, país que importa de tudo e do mundo todo. Pela qualidade da indústria catarinense, o Chile pode comprar mais do nosso estado. Inclusive, na apresentação que fizemos hoje, mostramos a balança comercial do Chile com o Brasil e o grande potencial que a nossa indústria tem de ampliar o fornecimento com o país vizinho, que tem sólidos acordos comerciais, um ambiente de negócios favorável e muita conexão com o nosso estado”, afirmou.
Aos investidores chilenos, o presidente da FIESC observou que 8 das 10 principais empresas de alimentos do Brasil estão em Santa Catarina; o estado é o maior exportador nacional de papel kraft e recipientes de papel e o 6º maior produtor de papel e celulose do Brasil. Além disso, SC é o 2º maior produtor e exportador de equipamentos elétricos do país, o 2º maior exportador nacional de compressores e motocompressores e o 4º maior produtor de máquinas e equipamentos do Brasil.
O governador ressaltou a importância da missão e do contato com potenciais investidores. “O empresário de Santa Catarina é um empresário que o mundo respeita. Uma iniciativa como essa abre portas e nos dá a oportunidade de mostrar o que é SC, o que produzimos e representamos para o Brasil”, declarou.
O embaixador do Brasil no Chile, Paulo Roberto Soares Pacheco, participou do evento e salientou que a iniciativa vai contribuir para dinamizar ainda mais as relações comerciais e os investimentos entre SC e o Chile.
Entre os representantes de indústrias presentes no SC Day estão: Alceu Lorenzon (Alcaplas), Adams Marcacini (WEG), Carl Heinz (Duas Rodas), Claudimar Bortolin (Torfresma), Eduardo Vasconcelos (Whirlpool), Eliel Burigo (Potenza), Fernando Oenning (Granaço), Guilherme Francisco Guarato (Bremer), Gilberto Tomazoni (JBS), Geovani Oliveira (Multikit), Jaciel Schmidt (Bovenau), Jose Ribas e Fabio Pinto (Seara Alimentos), Luis Gonzaga (C-Pack), Lino Rohden (Grupo Rohden), Luis Stramosk (Metalurgica Riosulense), Maitê Lang (Nugali Chocolates), Marcelo Taschek (Buddemeyer), Manuel Pires (Okean Yacht), Neivor Canton (AuroraCoop), Ricardo Gesse (Floripa Airport), Reimar Boldt (Boldt), Thiago Fretta (Aludim Alumínio), Thomas Auler (Kraper) e Victor Odebrecht (Cassava).
Comércio: no primeiro semestre de 2024, a corrente de comércio entre Brasil e Chile (ou seja, os valores das importações e exportações somados) foi de US$ 1,28 bilhão. As exportações catarinenses (US$ 218,34 milhões) são lideradas pelo segmento de alimentos e bebidas, com carnes de suínos e de aves liderando a pauta exportadora, junto com motores elétricos e papel Kraft.
Do lado das importações (US$ 1,06 bilhão), insumos como o cobre – utilizado na fabricação de motores elétricos e compressores – e o minério de molibdênio – usado em produtos de siderurgia – lideram o ranking. Na lista dos principais produtos comprados por SC também estão peixes frescos, minerais como flúor, cloro e bromo, além de vinhos e azeites. Em 2023, as exportações somaram US$ 582,46 milhões e as importações alcançaram US$ 1,8 bilhão.
fotos>Maira Linhares, divulgação