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ANÁLISE: SC definitivamente na Lava Jato

A prisão, na Beira-Mar Norte, em Florianópolis, de um dos donos da Engevix, o empresário José Antunes Sobrinho, marca a estreia do Estado no circuito do encarceramentos da Operação Lava Jato. Ele foi detido preventivamente e encaminhado para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba. A detenção gerou expectativa e grande repercussão nos meios políticos. Sobrinho sempre foi muito bem relacionado e, se chegar ao ponto de negociar uma delação premiada, tem bala suficiente para acertar figuras proeminentes da política nacional, a começar pelo Senado.

Nos bastidores, até segunda ordem, as informações indicam que eventuais desdobramentos não alcançariam políticos
catarinenses, mas já há quem projete que a prisão de figura tão bem relacionada nos meios empresariais e políticos pode respingar inclusive nas eleições municipais, que estão às portas.
Além de José Antunes Sobrinho, há outros catarinenses que já apareceram no âmbito da Lava Jato: ex-deputado federal João Pizzolatti, que está indiciado e é apontado como suposto beneficiário da propina que era repassada aos deputados do PP; e Ideli Salvatti, cujo depoimento foi solicitado pela Polícia Federal – junto com o ex-presidente Lula da Silva e outras figuras – mas que ainda depende de manifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recém conduzido ao cargo por Dilma Rousseff.

Efeito

A prisão de José Antunes Sobrinho, da Engevix, é vista como um desdobramento da delação premiada do lobista Fernando Baiano, que operava no esquema em nome do PMDB.

Foto: PF, arquivo, divulgação

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