A indústria de confecção do vestuário, por exemplo, cresceu em 4,6 pontos percentuais sua participação nacional de 2020 a 2021, passando de 26% para 31%. Esse resultado está associado ao aumento das vendas catarinenses de roupas do vestuário para o restante do país em 2021, diante da abertura gradual da economia e da recuperação do consumo das famílias.
O estado também passou a ser líder na produção de embarcações, que corresponde a 29% de representatividade no Brasil, ultrapassando o Rio de Janeiro. Em 2021, Santa Catarina também aumentou as vendas internacionais de embarcações de recreação, sobretudo para os Estados Unidos, França e Austrália.
Além disso, o estado assumiu a primeira colocação do país na fabricação de geradores, transformadores e motores elétricos, impulsionado tanto pelo aumento das exportações para a América do Norte e Europa, bem como de eletrodomésticos, devido ao fornecimento para o mercado doméstico.
“A indústria de Santa Catarina é destaque nacional e constitui vetor de desenvolvimento do estado. A diversificação de produtos e a adoção de estratégias competitivas no mercado reforçam sua posição como um importante polo industrial do país. Em 2021, o estado manteve sua produção industrial 6% acima do patamar pré-pandemia, enquanto a média nacional ficou 1% abaixo”, ressalta o presidente em exercício da FIESC, Gilberto Seleme.
A indústria catarinense manteve a liderança nas atividades de acabamentos em fios, tecidos e têxteis e na fabricação de tecidos de malha, ambos que possuem representatividade nacional maior que 55%. O estado também é campeão na atividade de desdobramento de madeira, impulsionado, sobretudo, pelas vendas aos EUA, com 28% de participação na produção nacional.
De modo geral, a indústria de transformação de Santa Catarina também aumentou sua importância na capacidade produtiva nacional, passando da 6ª para a 5ª posição no Brasil, com participação de 6,6%, superando novamente o Rio de Janeiro.
“Os bons resultados podem ser vistos ainda na fabricação de produtos de metal, que passou da 5ª para a 4ª colocação, responsável por 7,3% da produção nacional, além da 2ª posição em diversos segmentos, como na fabricação de produtos de madeira, com 26,1%, e na atividade química de fibras artificiais e sintéticas, que passou de 6,0% para 9,1% de representatividade nacional”, explicou Camila Morais, economista do Observatório FIESC.