Destaques

SC mantém crescimento nas exportações de carnes

As exportações catarinenses de carne suína e de frango aumentaram 18,3% nos quatro primeiros meses de 2019.  O faturamento gerado pelos embarques desses produtos passa de US$ 794,3 milhões com 436,4 mil toneladas vendidas ao exterior de janeiro a abril. A presença de Santa Catarina no mercado internacional cresce em ritmo acelerado e supera a média nacional.

O grande diferencial catarinense é seu status sanitário diferenciado, que dá acesso aos mercados mais exigentes do mundo. O estado é o único do país reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação e isso demonstra o cuidado extremo com a saúde dos animais e o rígido controle de doenças que podem acometer os rebanhos. Segundo o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Ricardo de Gouvêa, a sanidade animal se tornou um grande diferencial competitivo de Santa Catarina.

“Hoje, as carnes produzidas em Santa Catarina podem ser encontradas nos mercados mais exigentes do mundo, como Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos. Existe um grande esforço dos produtores rurais, iniciativa privada e Governo do Estado para mantermos essa excelência, mas tudo isso vale a pena. Estamos cuidando da alimentação de famílias espalhadas por vários países, produzindo carnes de qualidade, com um preço competitivo e ainda por cima gerando riquezas para o nosso estado”, ressalta.

 Ao longo deste ano, o agronegócio catarinense exportou 325,3 mil toneladas de carne de frango, faturando mais de US$ 580,5 milhões – uma alta de, respectivamente, 16,5% e 19,4% em relação ao mesmo período de 2018. De janeiro a abril, o Brasil ampliou em 0,6% a quantidade exportada e em 4,8% o valor gerado com os embarques de carne de frango.

Os principais mercados para carne de frango produzida em Santa Catarina são Japão, China e Holanda. No acumulado do ano, os seis principais destinos da carne catarinense apresentam variação positiva e bastante expressiva. O analista do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), Alexandre Giehl, chama atenção para a retomada das vendas para a Rússia, que é o 14º maior destino do produto catarinense porém vem ampliando as compras ao longo do ano

Os bons resultados vieram também das vendas internacionais de carne suína. No acumulado do ano, Santa Catarina exportou 111 mil toneladas do produto, 22% a mais do que nos quatro primeiros meses de 2018. Os embarques geraram receitas de US$ 213,8 milhões, uma alta de 15,3%. O crescimento catarinense foi bem acima da média nacional, que registrou 8,9% de alta na quantidade e de 3,8% no faturamento.

 A carne suína produzida em Santa Catarina tem como principais destinos a China, Hong Kong e Chile. Nesses quatro primeiros meses de 2019, China e Hong Kong representam mais de 52% das exportações catarinenses do produto.

Resultado do mês de abril

Pelo quarto mês consecutivo, Santa Catarina apresenta resultados positivos nas vendas internacionais de carnes. A carne de frango é o principal produto da pauta de exportações catarinenses e em abril foram 82,6 mil toneladas embarcadas, 38,1% a mais do que em abril do ano passado. O valor gerado com as exportações teve uma alta de 40,9%, fechando em US$ 149 milhões.

Maior produtor nacional de suínos, Santa Catarina tem acesso exclusivo a diversos mercados. Em abril, o estado exportou 27,8 mil toneladas de carne suína, uma alta de 36,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O faturamento com as vendas internacionais passou de US$ 56,3 milhões, 36% a mais do que em abril de 2018. O estado responde por mais da metade de toda carne suína exportada pelo Brasil este ano.

“Vale mencionar que a suinocultura chinesa atravessa uma séria crise, em função de centenas de focos de peste suína africana, que já levou à morte ou sacrifício de milhões de animais naquele país. Esse cenário deve obrigar a China a ampliar ainda mais suas importações de carne suína ao longo deste ano”, explica Alexandre Giehl.

Os números foram divulgados pelo Ministério da Economia e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).

Sair da versão mobile