A morte do ex-governador e ex-senador Casildo Maldaner, nesta madrugada, aos 79 anos, vítima de câncer, além de ser uma perda para a política estadual, abre mais uma lacuna no MDB, maior partido do estado.
Moisés da Silva foi às redes sociais para anunciar o falecimento de Maldaner. O governador também decretou luto oficial de sete dias.
Dos cinco emedebistas que chegaram ao governo catarinense após a redemocratização e o restabelecimento das eleições diretas em 1982, apenas dois estão vivos. Pedro Ivo Campos partiu bem mais cedo, em 27 de fevereiro de 1990, em pleno exercício do governo.
Luiz Henrique da Silveira faleceu há seis anos. E agora chegou a vez de Casildo Maldaner. Com a diferença de que os dois joinvilenses, LHS e Pedro Ivo foram eleitos para o cargo e Casildo ascendeu após a morte de Pedro Ivo.
O MDB passa a ter dois ex-governadores vivos. Paulo Afonso Vieira, eleito na década de 1990, mas que ainda tem mais influência partidária do que Eduardo Pinho Moreira, duas vezes governador em mandatos-tampão.
Faz quase 30 anos que Paulo Afonso foi eleito. Mas ainda assim ele é mais significativo para o MDB do que Moreira. Este, além de pouca influência partidária, não tem qualquer base eleitoral, assim como o próprio Paulo Afonso, que conquistou apenas mais um mandato depois de deixar o governo. Chegou à Câmara Federal com votação pouca expressiva.
Quanto a Eduardo Moreira, se pretende novo mandato, vai ter que investir e trabalhar muito. Certamente disputar o pleito de 2022 deve estar nos planos do sulista. Seu nome é arrolado em várias investigações diferentes, aumentando a importância, para ele, da imunidade parlamentar. Se for candidato, Eduardo Moreira tentará a Alesc ou a Câmara Federal.
RENOVAR É PRECISO
Este contexto só reforça a tese da necessidade de renovação no MDB. Tanto que em 2018, pela primeira vez, o partido não colocou seu candidato no segundo turno da eleição estadual. A derrota se deve e muito à falta de um timoneiro com a morte de Luiz Henrique. E também à falta de empenho de Eduardo Moreira pelas diferenças políticas entre ele e o ex-candidato Mauro Mariani.
Renovação com perspectiva de encarnar um projeto eleitoral sério e consistente para o MDB atende pelo nome de Antídio Lunelli.
Dário Berger está em final de mandato e não representa o MDB. Está no sétimo partido, nunca deu bola para as legendas por onde passou.
O outro postulante, Celso Maldaner, ainda não está pronto para este desafio.