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SC precisa investir R$ 54,6 bilhões até 2028 para resolver infraestrutura, diz FIESC

Agenda da Infraestrutura divulgada nesta quarta-feira (11), aponta que rodovias devem consumir R$ 39,35 bilhões; maioria dos recursos devem vir da iniciativa privada

 

A Federação das Indústrias de SC (FIESC) estima que seriam necessários investimentos de R$ 54,6 bilhões para a infraestrutura de transportes no estado até 2028. Os números constam na Agenda da Infraestrutura 2025 da Federação apresentada nesta quarta-feira (11) e que traz a expectativa de recursos necessários em todos os modais e também sugestões para a melhoria da logística de transportes no estado.

O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, destaca que a participação privada nesses investimentos é imprescindível, já que o estado e a União não dispõem desse volume de recursos, dada a restrição fiscal. Nesse sentido, o presidente da Câmara de Transporte e Logística, Egídio Antônio Martorano, complementa: “A execução orçamentária em obras nas rodovias federais catarinenses está acima da média nos últimos dois anos, mas a necessidade de investimentos é muito maior do que a capacidade do governo federal”.

Dos R$ 1,216 bilhão orçados para 2024 em obras em rodovias federais, foram efetivamente executados R$ 765,5 milhões, ou 62,9%. Martorano destacou ainda que a previsibilidade de recursos é essencial para o planejamento, não só de novas obras, mas para a manutenção preventiva e rotineira.

Investimentos por modais
Considerando os modais de transporte, as rodovias seriam responsáveis pela maior necessidade de investimentos, totalizando R$ 39,35 bilhões. O segundo maior volume de recursos, R$ 10,2 bilhões, teria de ser alocado em ferrovias. A terceira maior necessidade de recursos seria do setor aquaviário, estimada em R$ 3,65 bilhões, enquanto os investimentos no modal aeroviário é projetado em R$ 928,8 milhões. A alocação de recursos no modal dutoviário é estimada em R$ 427 milhões.

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Origem dos recursos
A agenda da Infraestrutura da FIESC aponta ainda que, considerando as origens dos recursos previstos, a maior parcela  – 77,6% – viria da iniciativa privada, totalizando R$ 42,3 milhões. A estimativa da entidade aponta que o investimento federal seria de R$ 5,28 bilhões, enquanto os estaduais totalizariam R$ 6,8 bilhões. A parcela que caberia aos municípios somaria R$ 180 milhões.

Faça o download da apresentação.

Prioridades
Na avaliação da FIESC, alguns investimentos são emergenciais e devem ser tratados como prioridade. No modal rodoviário, a entidade destaca as obras na BR 101-Norte sugeridas no estudo sobre a proposta de repactuação, além da conclusão da duplicação das BR-470 e da BR-280. As demandas incluem ainda a adequação de capacidade das BRs 163 e 282 e a manutenção preventiva das rodovias federais.

No âmbito estadual, a prioridade é a conclusão das obras do programa Estrada Boa, além de garantir recursos para a manutenção. A estimativa da FIESC é de que o valor ideal seria de R$ 200 milhões nos próximos 3 anos. Para Martorano, o governo do estado precisa dar celeridade ao processo de concessão de rodovias estaduais e também deveria inserir no programa Estrada Boa obras como a adequação da capacidade das SCs 416 e SC 417 em Itapoá, que dão acesso ao porto.

Confira a transmissão do evento no Youtube.

Entre os investimentos prioritários nos portos estão o aprofundamento do canal externo do Complexo Portuário Baía da Babitonga, a recuperação estrutural e ampliação dos molhes de abrigo do Porto de Imbituba e ainda a 2ª Etapa da Bacia de Evolução e Canal de Acesso Complexo Portuário Rio Itajaí. Ainda sobre o tema portos, a Federação se manifestou contrariamente à decisão do governo federal sobre a federalização da autoridade portuária do complexo portuário de Itajaí.

foto>Filipe Scotti, Fiesc

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