Presidente da FIESC falou a empresários e lideranças regionais na cerimônia de entrega do Troféu Destaque no Associativismo, na noite desta segunda-feira (9)
Durante encontro com empresários e lideranças de Chapecó e região, o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, afirmou que o Estado tem capacidade para mudar o jogo e que 2016 é o ano para ajustar a rota. Ele ministrou palestra sobre o cenário econômico atual, na noite desta segunda-feira (9), na cerimônia em que foi entregue o Troféu Destaque no Associativismo aos sindicatos da Indústria do Material Plástico (categoria Broze) da Indústria da Construção (Prata) e da Indústria Metalúrgica (Ouro).
Santa Catarina costuma crescer um pouco mais ou cair um pouco menos que a média brasileira, pela diversificação de sua economia, explicou Côrte. Com 9 mil novos empregos, foi o segundo Estado que mais gerou empregos na indústria no primeiro trimestre de 2016, com destaque para Blumenau e Chapecó. É também o terceiro Estado mais competitivo do País conforme o Centro de Liderança Pública. “Temos um empresário inovador e que investe. Por isso temos condições de sair na frente na recuperação da economia brasileira”, disse, ressaltando a importância da retomada da confiança, possível com o início de um novo governo. A indústria catarinense é composta por 52 mil estabelecimentos e emprega 812 mil trabalhadores. O setor arrecada mais de R$ 9,4 bilhões em ICMS e IPI por ano e responde por 30,9% do Produto Interno Bruto (PIB) catarinense – o 6º maior PIB do Brasil.
Contudo, o cenário de dramática queda da demanda não pode ser ignorado pelas empresas, alertou o presidente da FIESC. Este é o momento de olhar para dentro, buscar redução de custos, aumento da produtividade, qualificação dos trabalhadores, inovação de produtos e processos, além de buscar novos mercados, recomendou aos empresários. De outro lado, é hora de o País colocar a indústria no centro das estratégias de desenvolvimento, a exemplo do que fizeram os Estados Unidos, que tiveram na reindustrialização um dos pilares para a retomada da economia, defendeu Côrte. “Nenhum país tem bons índices de crescimento sem indústria dinâmica”.
O presidente da FIESC também lembrou que a entidade contribui com a indústria em quatro áreas: educação, ambiente institucional, inovação e tecnologia e qualidade de vida. Em educação, foram registradas 350 mil matrículas em 2015, por meio do Movimento Santa Catarina pela Educação. No campo da inovação, estão à disposição das indústrias dez institutos SENAI de Inovação e de Tecnologia. O SESI está implementando no Estado Instituto especializado na saúde do trabalhador. No ano passado, a instituição também registrou 473 mil atendimentos em farmácia; produziu 85 mil refeições diárias; 440 mil procedimentos odontológicos e 796 mil atendimentos em saúde e segurança do trabalho. Em ambiente institucional, merecem destaque na agenda da FIESC ações para melhorar a infraestrutura e a logística, a Investe SC, a agenda voltada à ampliação da produtividade e o plano de internacionalização da indústria, entre outros.
Troféu – O troféu Destaque no Associativismo foi criado em dezembro de 2013 para reconhecer o trabalho desenvolvido pelos sindicatos da região Oeste pelo fortalecimento do associativismo e da representação empresarial da indústria. O encontro, organizado pela vice-presidência regional, teve o apoio dos sindicatos industriais Simovale, Sindiplasc, Sinduscon, Simec, Simmex, Sicomai, Sindialimentos e Sicec.
O vice-presidente regional da FIESC Waldemar Schmitz destacou a importância de valorizar o associativismo, pois ele representa a possibilidade de propor políticas públicas para uma indústria mais competitiva. “É por meio do associativismo que as empresas se fortalecem para manifestar necessidades e interesses comuns”, disse, ressaltando o trabalho dos presidentes de sindicatos, que dedicam parte de seu tempo para um trabalho voluntário pela melhora do setor produtivo na região.
Foto>Junior Duarte, divulgação
