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Secretário da Agricultura de SC é novo coordenador da Aliança Láctea Sul Brasileira

Santa Catarina está à frente da Aliança Láctea Sul Brasileira. O secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, assumiu nesta segunda-feira (12) a coordenação da entidade criada para fortalecer a cadeia produtiva do leite na região Sul.

Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul se unem na Aliança Láctea para desenvolver a cadeia produtiva e ampliar os mercados para o leite produzido na região. “Até 2020, metade do leite brasileiro será produzido no Sul. O leite da região precisa se tornar um produto industrial, se não nós vamos nos afogar em leite”, ressalta Airton Spies.

Segundo o secretário catarinense, os três estados devem se inspirar em grandes exportadores como Nova Zelândia, Argentina e Uruguai, que já abastecem o mercado internacional. Os membros da Aliança Láctea acreditam que a região Sul do Brasil é capaz de produzir o leite mais competitivo do mundo, só que para isso o setor deve passar por uma grande transformação. Principalmente, na organização logística da cadeia produtiva, na melhoria da qualidade e na redução de custos de produção.

“Os desafios são muito claros e passam por melhorias em tecnologia, sanidade dos rebanhos e organização logística da cadeia produtiva. Temos uma estratégia a médio e longo prazo e já temos excelentes exemplos a seguir, aqui mesmo no estado, para tornar o leite competitivo no mercado internacional. Temos que fazer com o leite o que já fizemos com cadeias produtivas consolidadas como suinocultura, avicultura e tabaco”, afirma Spies.

Airton Spies, Zezo Pedroso e Ronei Volpi – foto>divulgação

China

De volta de uma missão empresarial na China, o secretário da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, acredita que o país asiático pode ser o grande destino do leite produzido no Sul. Com 1,3 bilhão de habitantes e um consumo de alimentos que aumenta 11% ao ano, a China é um mercado promissor para o setor de lácteos.

“Os chineses consomem poucos lácteos ainda, cerca de seis vezes menos do que o Brasil. Mas este é um mercado em expansão e nós não podemos ficar fora desse mercado gigante” destaca Spies. Hoje os grandes fornecedores de leite para a China são Austrália, Nova Zelândia e Europa.

Sanidade

Uma das preocupações da Aliança Láctea – e fator fundamental para tornar o leite competitivo no mercado internacional – é a sanidade dos rebanhos. O controle de doenças como tuberculose e brucelose é um dos grandes desafios para os três estados do Sul.

“A sanidade não só irá abrir mercados para o leite, mas sem a sanidade nosso produto não irá a lugar nenhum. É essencial ter um controle das doenças”, destaca o diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Inácio Kroetz.

Livre de febre aftosa sem vacinação, Santa Catarina já possui a menor incidência de tuberculose e brucelose no país e caminha, agora, para a erradicação das doenças. No estado, os animais acometidos de brucelose ou tuberculose são abatidos sanitariamente e os proprietários indenizados pela Secretaria da Agricultura, através do Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fundesa).

Leite na Região Sul

Os três estados do Sul produziram 12,8 bilhões de litros de leite em 2017 – 38% do total produzido no país. E as expectativas são de que até 2020 a região produza mais da metade de todo leite brasileiro.

A região formada pelo Sudoeste do Paraná, Oeste Catarinense e Noroeste do Rio Grande do Sul pode ser chamada de a “Nova Meca” do leite no Brasil já que apresenta o maior crescimento na produção e é também onde as indústrias de lacticínios têm feito os maiores investimentos nos últimos 10 anos.

Em Santa Catarina, o leite já é a atividade agropecuária com o maior crescimento. Envolvendo 45 mil produtores em todo o estado, a produção girou em torno de 3,4 bilhões de litros em 2017 – um incremento de 8% em relação a ano anterior. Os números consolidaram o estado como o quarto maior produtor de leite do país.

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