Coluna do dia

Segue o baile

Jorginho Mello eleito em Santa Catarina, Lula da Silva no Brasil. Assim amanheceram o Estado e o País na primeira semana pós-eleitoral. O senador do PL fez a maior votação nominal da história política catarinense.
Mas não conseguiu percentualmente suplantar a marca de Moisés da Silva em 2018. Foi, contudo, uma vitória consagradora, dentro daquilo que já se imaginava.
Décio Lima evidentemente que não sai derrotado destas eleições. Conseguiu a façanha de chegar ao segundo turno. Com Lula presidente, o catarinense seguramente terá uma participação no governo federal. É amigo e compadre de Lula.
Assim como Gelson Merisio, aquele que foi derrotado por Moisés há quatro anos. Os dois perdedores da eleição passada ao governo catarinense terão participação de proa na nova gestão federal.

Aperto total

A vitória de Lula da Silva foi a mais apertada da história. Pouco mais de 2 milhões de votos, menor do que a de Dilma Rousseff sobre Aécio Neves em 2014, quando a petista abriu 3,5 milhões de votos sobre o tucano.

Tri

O petista é o primeiro líder da história a administrar o Brasil em três oportunidades. Só que chegará em 2023 em condições bem diferentes das conquistas consagradoras de 2002 e de 2006. Uma vitória muito apertada, mas legítima. Ele assumirá um país literalmente rachado ao meio.

Pacificação

Lula terá que acenar para o país como um todo. Aliás, ele sinalizou nessa direção no discurso da vitória. Falou em conciliação e pacificação. É isso que o país precisa depois de uma campanha tão radicalizada e tão polarizada.

Desafiador

Não será uma tarefa fácil buscar a reunificação do Brasil. No primeiro turno foi uma vitória consagradora dos conservadores, que fizeram mais de 350 cadeiras entre as 513 da Câmara. Bolsonaro elegeu, ainda, vários ex-colaboradores para o Senado.

Vida real

Mas o presidente legitimamente eleito vai buscar a negociação. O Centrão logo vai estar com ele. Essa é a vida real. No Senado talvez o petista tenha mais dificuldade. O PT pode até não controlar a presidência das duas Casa Legislativas, mas o novo governo terá todas as condições para formar maioria no Congresso e tocar a gestão.

Calendas da história

A eleição passou. É página virada. Não há porque se falar em contestação, em recontagem dos votos, em parar o país, em acionamento das Forças Armadas. Nada disso. O assunto está encerrado sob o aspecto eleitoral. Lula venceu.

Parcialidade histórica

É bem verdade que com uma Justiça Eleitoral que o favoreceu em prejuízo de Jair Bolsonaro. Algo nunca antes visto na história deste país. Isso é uma realidade incontestável. Não apenas nas decisões pontuais sobre inserções, direitos de respostas, etc e tudo, mas também em relação à censura, prévia inclusive, de bolsonaristas nas redes sociais e na imprensa.

Futuro

Agora, não há o menor indício factível de que possa ter havido fraude. As eleições transcorreram com tranquilidade e o assunto está liquidado. Tem que se falar em transição de governo e esperar que Lula da Silva não venha com espírito de vingança e sim olhando para a frente, para o futuro.

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