Depois do tsunami eleitoral de 2018, o ano em curso, que está nos seus estertores, foi marcado pelo rearranjo das forças políticas e composições partidárias em Santa Catarina.
A mais recente foi a liberação, pela via judicial, para que o deputado Ivan Naatz deixe o PV. Ocorreu na quinta-feira, durante a última sessão do pleno do TRE-SC. Naatz está com os dois pés no PL, partido pilotado em Santa Catarina pelo senador Jorginho Mello.
O parlamentar teve como advogado o filho de Jorginho, Filipe Mello. Sua tese foi acolhida por unanimidade na corte eleitoral.
A certa altura do despacho, o relator do processo, desembargador Jaime Ramos, anotou: “não restou dúvidas de que o parlamentar sofreu grave discriminação política e pessoal, além de constrangimento moral por parte do presidente estadual do PV, Guaraci Fagundes.”
Mais recentemente, tivemos a filiação do prefeito da Capital, Gean Loureiro, ao DEM; além do vereador Pedrão anunciando o desembarque do PP da família Amin para ingressar no mesmo PL de Naatz.
Figurinha carimbada
O Procurador Regional Eleitoral , Andre Stefani Bertuol em seu parecer pela procedência da ação que liberou Naatz do cipoal do PV-SC , destacou que o presidente estadual dos Verdes “com efeito, está nesse cargo há dez anos e vem agindo como se dono do partido fosse , como uma espécie de cacique regional, de forma autoritária e , mais recentemente, decidindo que somente ele é quem pode fazer filiações naquela grei partidária.” Guaraci parece encarnar várias facetas e cores partidárias, menos o Verde do PV!
Mudanças
Nem tão recentes, mas também emblemáticas, estão a filiação do ex-deputado Gelson Merisio ao PSDB (deixando o PSD); a desfiliação de Edison Andrino do MDB; e a chegada do secretário da Casa Civil, Douglas Borba, ao PSL, sendo egresso do PP; sem contar o racha no próprio PSL estadual, que produzirá ainda várias mudanças no cenário estadual ali adiante.
Túnel do tempo
Voltando ainda mais no calendário, temos registrado o desmonte no PSB catarinense. Dos três deputados estaduais eleitos em 2018, um ficou, mas deve bater em retirada. O federal da sigla também já buscou a alforria no Judiciário. Sem contar os prefeitos Luciano Buligon, de Chapecó (agora filiado ao DEM); e Mário Hildebrandt, de Blumenau (sem partido), que deixaram as fileiras socialistas!