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Seif acusa falta de compromisso do presidente do Congresso ao adiar instalação da CPMI

No plenário do Senado Federal, o senador Jorge Seif (PL-SC) manifestou seu sentimento de indignação, com o adiamento da instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito – CPMI do dia 8 de janeiro, que deveria ter acontecido na sessão do Congresso Nacional, marcada para esta terça-feira, dia 18.

Para o senador catarinense, o presidente do Senado e do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, faltou com o compromisso assumido perante os parlamentares e perante milhões de brasileiros, que exigem a verdade dos fatos, principalmente aqueles que ainda estão presos injustamente.

“É com decepção que eu falo hoje à população brasileira, aos catarinenses. Não se trata de ideologia, mas de justiça. Pessoas que chegaram na noite do dia 8, ou na manhã do dia 9, foram presas. Mais de mil e quinhentas pessoas presas sem o devido processo legal. E o que nós estamos fazendo? O governo tenta comprar com emenda, o governo tenta tirar assinatura, o governo fica postergando, faz de tudo para que essa CPMI não seja instalada. Mas nós exigimos a verdade e a transparência dos fatos”, disse Seif.

No seu discurso, o senador também relembrou que em 8 de janeiro, o Brasil já estava sob o comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e quem estava dentro do Ministério da Justiça assistindo inerte aos atos violentos, era o Ministro Flávio Dino, que falou para a imprensa: “eu estava vendo aquilo tudo”.

“Estão com medo de quê? Da verdade? Das ações e omissões? Documentos da imprensa comprovam que o governo federal sabia, com um ou dois dias de antecedência, que haveria uma tragédia na Esplanada dos Ministérios. E o que fizeram? Dispensaram o GDF, dispensaram o GSI, dispensaram Polícia Federal, dispensaram Força Nacional, dispensaram Exército Brasileiro, Forças Armadas…O que é isso?”, indagou.

Para Seif, o dia 8 de janeiro foi algo atípico no Brasil, principalmente para a história da direita brasileira, porque até então nós só assistimos o MST invadindo, matando animais, tocando fogo na Esplanada dos Ministérios, quebrando o Congresso e fazendo arruaça, que é “normal” para a esquerda.

“O meu povo, o povo de direita, em especial o povo catarinense, sempre fez manifestações democráticas. Manifestações que têm famílias unidas, vestindo verde e amarelo, jogando lixo na lixeira, ninguém quebrando nada, ninguém depredando nada. E nós não estamos falando de um evento isolado. Nós estamos falando de uma história e do comportamento da direita, de um modus operandi, que é e sempre foi pacífico”, justificou.

O senador catarinense finalizou seu discurso lamentando o adiamento da sessão, que para ele é mais do que um desrespeito com os parlamentares e com toda a população brasileira, que exigem a elucidação dos fatos, mas sim, uma omissão grave do Congresso, que na sua avaliação, não será aceita por senadores e deputados que assinaram o CMPI.

 

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