Nesta semana de transição de maio para junho de 2021, a pauta política está carregada. Tanto em Santa Catarina como em Brasília.
Na Capital federal, vamos ter os primeiros movimentos da Comissão Especial da Reforma Administrativa, relada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) pelo catarinense Darci de Matos. O texto aprovado tem base na MP encaminhada ao Congresso pelo governo Jair Bolsonaro.
Na CCJ, contudo, os parlamentares admitiram apenas a constitucionalidade da proposta. O mérito será analisado, discutido e votado neste colegiado especial que começa a trabalhar nesta semana.
Em outra frente, segue o circo da CPI do Covidão, espetáculo deplorável comandado pelo notório Renan Calheiros, ou Canalheiros, como preferem alguns.
A mídia engajada, que parou de receber vultosos recursos públicos da viúva federal, está dando todo o holofote a este desqualificado alagoano, que é o relator da CPI. Veículos também têm dado luz a outro senador dos mais enrolados, Omar Aziz, deixando claro que ética, valores, verdade, etc, nada disso importa. É só negócio, business. Às favas com o restante. A meta é desestabilizar o governo central para ressuscitar a corrução sistêmica e a farra desenfreada com recursos públicos. Que depois faltam para hospitais, escolas, pesquisas e por aí vai.
Coisas diferentes
Tudo bem que Jair Bolsoanro é desmiolado, mas é presidente e foi eleito pelo voto direto. Merece respeito, apesar de suas tiradas impróprias, inadequadas e absolutamente fora da liturgia do cargo.
Sangria varonil
Enquanto isso, o país sangra. Há crise social, faltam empregos, renda e perspectivas de futuro neste contexto. A inflação começa a dar o ar de sua graça, ameaçando uma recessão. Tudo isso em meio à crise sanitária mundial gerada pelo vírus chinês que assola o mundo.
Ridículos
Em vez de ficar perdendo tempo com essa CPI ridícula, protagonizada por políticos da pior espécie, nossos bravos líderes deveriam é unir esforços na direção das reformas constitucionais; para o desenvolvimento da vacina brasileira e para a produção de insumos, enfim. Mas não. Tudo gira em torno da guerra política, da disputa pelo poder.
Moedor de carne
Contexto que escancara a perversidade do sistema eleitoral brasileiro. A reforma política verdadeira, que nunca sairá do papel, é mais prioritária do que as demais. O Brasil deveria unificar as eleições e limitar a renovação de mandatos para um mesmo cargo. Por exemplo, para o Executivo um mandato único de 5 ou 6 anos e nos parlamentos, possibilidade de, no máximo, duas reeleições. Ponto final.
Renovar é preciso
Oxigenaria o sistema e o tornaria bem mais barato e muito menos pernicioso para a nação. E é exatamente por isso que não veremos tão cedo esta reforma estabelecida neste país. A coluna fecha o raciocínio de hoje com uma famosa e absolutamente atual frase do grande estadista britânico Winston Churchill. “A diferença entre um estadista e um demagogo é que este decide pensando nas próximas eleições, enquanto aquele decide pensando nas próximas gerações.”
Foto>Edison Rodrigues, Ag. Senado, divulgação