Coluna do dia

Semana curta e agitada

Nem mesmo a Semana Santa, que é curta, fez com que as articulações e negociações eleitorais com vistas ao pleito deste ano acalmassem. Muito pelo contrário. Décio Lima, do PT, na terça esteve em Brasília com Lula da Silva. Recebeu o aval do amigo e compadre para encabeçar a chapa da frente canhota em Santa Catarina.
Décio, Gelson Merisio e Jorge Boeira, trio de ex-deputados, conversaram na segunda. Antes, portanto, da ida do petista à Capital Federal. Conversa emblemática, na medida em que não contou com a presença do PSB de Claúdio Vignatti e do senado Dário Berger.
Também não havia representantes das outras siglas de esquerda que fazem parte da frente. Ocorre que o projeto majoritário, para além das siglas, vem sendo construído em cima de nomes. E Dário Berger era um deles, pelo menos na visão dos dirigentes do PSB.

Sem DNA
Está claro, no entanto, que a esquerda não pretende misturar o sangue na chapa ao governo. Ou seja, não querem saber de Dário e Merisio compondo de vice de Décio Lima.  O Senado deve ficar para um dos dois neo-esquerdistas.
Para o governo, a frente vai de Décio na cabeça e muito provavelmente Jorge Boeira de vice.

Merisio favorito
Acerca do candidato à Câmara Alta, o cenário hoje é bem mais favorável a Gelson Merisio. O ex-pessedista decidiu-se bem antes do senador e abriu caminho via PT, chegando a Lula da Silva.

Duas canoas
Dário Berger até outro dia insistia na indicação para disputar o governo pelo MDB. Além disso, ele tem um contencioso judicial extenso, é vulnerável. Neste momento, dá pra apostar que a esquerda então terá Décio Lima, Jorge Boeira (vice) e Merisio ao Senado.

No vácuo
E o PSB? Lançará chapa pura com Dário a governador? Muito pouco provável. Vão acabar indo a reboque da frente, com o hoje senador concorrendo a deputado.

Clima quente
Na outra extremidade, acompanhamos a grande movimentação no MDB.
O partido reuniu quase que a totalidade de prefeitos e vices com os 9 deputados estaduais no início da semana. São 140 alcaides e vices filiados ao MDB. Foram à Capital cerca de 110 deles para o encontro.

Prazo
A turma deixou muito claro que quer estar com o governador, que tem liberado verbas de toda sorte aos municípios.  Como fica Antidio Lunelli, que  renunciou para ser o candidato da legenda? Ele segue pré-candidato. Na verdade, o jaraguaense  pagou pra ver, essa que é a realidade. A convenção tem prazo até 5 de agosto para efetivar a chapa majoritária e as nominatas proporcionais.

Formalidade
A prévia, que acabou aclamando Antídio,  é formal, mas não há convergência natural nas fileiras emedebistas. Antidio Lunelli  esteve com Moisés da Silva na presença do deputado Carlos Chiodini. Foi no sábado. Ele está na pista e não jogou a toalha.

As bases
O ex-prefeito atua, ainda, internamente. As bases do MDB, o que acham desse desejo de prefeitos e deputados de fecharem com Moisés? A verdade é que ainda tem muita água para rolar. Pode até haver uma composição entre o governador e o MDB. Como seria? O MDB ficaria com as outras duas posições da chapa, tendo Moisés na cabeça? Se for uma vaga, quem seria o nome emedebista? O próprio Antídio? Enfim, o cenário é complexo e não há definição prevista a curto prazo.

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