A semana é decisiva para o governo Moisés da Silva no contexto do relacionamento com o Poder Legislativo. No seu primeiro teste de fogo, o atual Centro Administrativo aprovou, por unanimidade, a proposta de reforma administrativa. E nem poderia ser diferente. Eleito com estupenda votação e enorme respaldo do eleitorado Barriga-Verde, o governador recebeu carta branca dentro daquilo que propôs durante a campanha eleitoral, que era mudar a cara do estado.
Muito bem. A atual gestão entra pelo sexto mês. Normalmente, é o período que é dado aos novos mandatários depois de assumirem o poder, uma espécie de prazo de carência, de tolerância para que tomem pé da situação.
A partir de agora, a vida do Executivo estadual, notadamente no que tange na relação junto à Assembleia, tende a entrar no módulo normalidade.
Neste contexto, a Comissão de Finanças deve votar, ainda nesta terça-feira, a emenda do deputado Marcos Vieira, que derruba o corte linear de 10% nos repasses mensais do Executivo ao demais poderes – TJSC, TCE, MPSC, Alesc e Udesc – o chamado duodécimo.
A modificação apresentada por Vieira contraria os interesses do Centro Administrativo, mas deve passar na Comissão e depois irá a plenário, ainda nesta terça, ou no máximo, na quarta-feira desta semana. Oportunidade na qual o distinto público saberá o tamanho, a consistência e as caras da tal base aliada de Moisés na Assembleia Legislativa.